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A reunião do G20 e a falta de liderança mundial

Terminou a reunião do G20 com muita destruição nas ruas de Hamburgo e poucos resultados palpáveis, já que os EUA acham que não há aquecimento global e Trump só quer esfriar a investigação sobre o alegado envolvimento russo nas eleições americanas.

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Sobrou a filha de Trump que se fez fotografar em reuniões com os líderes mundiais, provando o nível da nova administração americana. Andrew Buncombe, no Independent, escreve: "O G20 provou-o. Por causa de Donald Trump o mundo deixou de olhar para a América em busca de liderança." Mais: "Até há pouco tempo o mundo olhava para os EUA em busca de liderança em encontros internacionais. Mas desde que há seis meses Trump entrou na Casa Branca tudo mudou."

No Washington Post, Anne Applebaum analisa o discurso de Trump na Polónia: "Ao ter feito este discurso num lugar daqueles, Trump confirmou o governo nacionalista polaco na sua linha isolacionista e antidemocrática." Para Applebaum, conhecida autora sobre as relações da América com a Europa do Leste, a Polónia é dirigida por um partido político que "lançou um assalto às instituições democráticas". E agora Trump veio validar isso.

No L'Obs, Pierre Haski contextualiza a importância do G20: "É sem dúvida a instância mais representativa do mundo real, mais do que o Conselho de Segurança da ONU onde os cinco membros permanentes são os vencedores de 1945 e que não se consegue reformar. O G20, pelo menos, inclui outras ex-grandes potências industriais do século XX, os países emergentes da Ásia, da África e da América Latina, os países petrolíferos do Golfo e os grandes grupos regionais. Há 10 anos alguns analistas poderiam prever que o G20 iria prefigurar uma nova governança mundial, numa unidade incerta entre o Ocidente em perda de velocidade e o mundo emergente. Isso não aconteceu."


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