Opinião
A reunião do G20 e a falta de liderança mundial
Terminou a reunião do G20 com muita destruição nas ruas de Hamburgo e poucos resultados palpáveis, já que os EUA acham que não há aquecimento global e Trump só quer esfriar a investigação sobre o alegado envolvimento russo nas eleições americanas.
Sobrou a filha de Trump que se fez fotografar em reuniões com os líderes mundiais, provando o nível da nova administração americana. Andrew Buncombe, no Independent, escreve: "O G20 provou-o. Por causa de Donald Trump o mundo deixou de olhar para a América em busca de liderança." Mais: "Até há pouco tempo o mundo olhava para os EUA em busca de liderança em encontros internacionais. Mas desde que há seis meses Trump entrou na Casa Branca tudo mudou."
No L'Obs, Pierre Haski contextualiza a importância do G20: "É sem dúvida a instância mais representativa do mundo real, mais do que o Conselho de Segurança da ONU onde os cinco membros permanentes são os vencedores de 1945 e que não se consegue reformar. O G20, pelo menos, inclui outras ex-grandes potências industriais do século XX, os países emergentes da Ásia, da África e da América Latina, os países petrolíferos do Golfo e os grandes grupos regionais. Há 10 anos alguns analistas poderiam prever que o G20 iria prefigurar uma nova governança mundial, numa unidade incerta entre o Ocidente em perda de velocidade e o mundo emergente. Isso não aconteceu."
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