Opinião
A cruzada judicial de Trump e as dúvidas suecas
Ainda não é tempo de se fazer o legado do reinado de Donald Trump nos EUA.
No New York Times, Thomas L. Friedman escreve: "Trump não faz a mínima ideia do que está a fazer e não tem uma estratégia integrada, porque, ao contrário de Xi Jinping, não pensa as grandes questões que qualquer líder verdadeiro reflecte desde que acorda: 'Em que mundo estou a viver? Quais são as grandes tendências deste mundo? E como vou alinhar o meu país para que a maioria dos meus cidadãos consigam o melhor destas tendências e amorteçam o pior?'." Para Friedman vivemos "três mudanças climáticas": no ambiente e na degradação dos ecossistemas, na globalização (de um mundo interconectado para um interdependente), e na tecnologia e no trabalho. A China percebeu isso. Os EUA de Trump não. Conclusão de Friedman: "Enquanto as estradas e os caminhos-de-ferro da China parecem os dos Jetsons, os nossos (dos EUA) parecem-se com os dos Flinstones." No Independent, David Usborne alerta para a nomeação de juízes conservadores que, nos próximos anos, definirão as leis nos EUA: "Donald Trump fez uma coisa bem: não estamos a dar atenção à avalancha de nomeações que está a fazer para os tribunais federais dos EUA. Está a decorrer uma alteração judiciária que, adivinho, será o seu maior legado duradouro. Em tempos mais calmos, costumava ouvir as pessoas rejeitar as eleições presidenciais como um desperdício de tempo. Republicanos e democratas são todos iguais. Mas depois veio Donald Trump."
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