Opinião
Eu nunca gostei de vitórias fáceis
A euforia dos últimos dias foi tanta, tanta, que bastou um empate com a Islândia para voltarmos a pôr os dois pés no chão. Bolas, ó Nani, podias ter cabeceado em condições. E, Ronaldo, a sério que acertaste duas vezes seguidas na barreira? Isto não estava nos planos.
Mas não fomos um desastre. Só não fomos eficazes. É por isso que não estou descrente.
É só lembrar que, nas últimas competições, a nossa sina é esta. Há quatro anos perdemos o primeiro mas conseguimos ganhar à Dinamarca com um golo do Varela a três minutos do fim. Em 2004 voltámos a escorregar no início e depois fomos brilhantes a ganhar à Rússia e à Espanha. No play-off que jogámos com a Bósnia também empatámos o primeiro jogo. Mas depois não perdoámos.
Sempre que estivemos obrigados a ganhar, habituámo-nos a ganhar. Quando pareciam favas contadas é que nos fomos embora mais cedo. Como em 2008 ou 2014.
No fim de contas, quem é que não gosta de vitórias suadas e especiais? Eu prefiro essas. E vamos bem a tempo delas.