Opinião
Angola e o medo do medo
Angola registou uma trajectória de prometida prosperidade após o fim da guerra civil, em 2002. Durante os anos seguintes, quando se perguntava aos líderes angolanos sobre a diversificação da economia, a correcção das assimetrias sociais ou o aprofundamento da democracia, a resposta era invariavelmente a mesma: "Estão a pedir-nos para fazer as coisas muito rápidas e tudo ao mesmo tempo e esquecem-se de que o país viveu 40 anos em guerra."
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Hoje, o passado de guerra já soa a desculpa esfarrapada. Angola teve tempo e oportunidade para mudar o perfil da sua economia e não o fez de forma satisfatória, mantendo uma excessiva dependência do petróleo. Por outro lado, a riqueza gerada por esta matéria-prima não foi aplicada para fomentar o nascimento de uma classe média ou o desenvolvimento do país como um todo. Basta olhar para as carências no abastecimento energé...
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