Opinião
O fim de um ciclo na EDP
Mexia e Manso Neto já sabiam que a probabilidade de Carlos Alexandre diferir o agravamento das medidas de coação na EDP era elevada. Mesmo assim, resolveram ficar nos respetivos cargos. Sair seria uma manifestação de culpa, atirar a toalha ao chão. Preferiram o drama da saída forçada, do vazio de liderança, da negociação das ações suspensa pelo regulador, da proibição de entrar nas instalações. Tudo esperado, tudo com a anuência de um número suficiente de acionistas, tudo discutível.
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Carlos Alexandre, o superjuiz, removeu do cargo os CEO das duas maiores cotadas da pequena bolsa de Lisboa. Não que essa circunstância coloque António Mexia e João Manso Neto acima da lei, mas ajuda a pôr em perspetiva o alcance da decisão judicial. Os gestores vão contestar, mas dificilmente poderão voltar a sentar-se nas respetivas cadeiras.