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Testando os nervos

Enquanto escrevo a coluna, agora mesmo, o S&P 500 sobe quase 3%, perto de 30 pontos.

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Mais do que se moveu em toda a amplitude das seis sessões anteriores!

Infelizmente, o ímpeto do índice não é proporcional ao esclarecimento que nos proporciona, o que é talvez o eterno dilema dos mercados - imerso no seu imenso grau de incerteza -, aqui levado um pouco em direcção ao limite. Não, esta sessão não é extraordinariamente volátil e outras têm ocorrido no passado recente igualmente voláteis e com comportamentos semelhantes, alternando-os com períodos de baixa volatilidade.

O problema é que o S&P 500, que aqui se utiliza como uma espécie de barómetro para os mercados financeiros nos Estados Unidos e Europa em geral, não vai a lado nenhum. É volatilidade mas não há direcção, não existe um rumo. Nem tão pouco o sinal de um desfecho para este estado de coisas, o que, como se de radiação se tratasse, vai tendo um efeito cumulativo. E não vale a pena ficar demasiado incomodado com tais índices de incerteza e indefinição a conjugarem-se em simultâneo (uma e outra não são bem a mesma coisa), porque os mercados financeiros são mesmo assim e passam por prolongados períodos que nos testam os nervos e a paciência nestes moldes. Obviamente, investidores há que até preferem os regimes laterais, havendo mesmo quem advogue que é fácil negociar nestas condições, o que pode ser sintetizado na premissa do "comprar quando vai aqui e vender quando chega ali" (não é a minha opinião e o que me diz a experiência, directa e indirecta).

Eu bem gostaria de dizer que o domínio é "Bull" ou "Bear" e, por certo, muitos dos leitores o prefeririam ler. E se não é evidente que esta reacção nos diz muito pouco, basta recordar que não difere muito da anterior reacção aos 1.050 pontos ocorrida à entrada do mês de Julho, e que nos levou aos 1.130 pontos. Agora, à entrada de Setembro, estamos nos 1.080 pontos. Pois, não saímos do sítio...



S&P 500 continua a lateralizar
Evolução do índice norte-americano

O S&P, reagindo pela enésima vez em torno da zona de suporte, mantém-se ainda em regime lateral, arriscando-se a tornar-se, no que ao comportamento dos mercados diz respeito, a "bottom line" de 2010.




PSI-20 em recuperação
Evolução do índice nacional

O mercado português segue em recuperação do síndroma "next to Greece". Contudo, uma recuperação visivelmente mais lenta quando tomada em comparação (óbvia) com a do vizinho IBEX.


Nota: as análises apresentadas constituem opiniões do autor, não devendo ser entendidas como recomendações de compra e venda ou aconselhamento financeiro.






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