Opinião
Ser ou parecer, eis a questão
Já se percebeu que Menezes não quer partilhar o palco com Santana. Faz bem. Também se percebeu que Santana se considera merecedor da partilha – e capaz de desempenhar o seu papel. Não faz bem nem mal. Na solução deste problema reside a primeira prova de f
É o que há de relevante nos primeiros dias da nova era do PSD. Com esforço encontram-se outras marcas. Como se esperava que o homem fosse prolixo nos festejos, admira-se o recato do vencedor. Mais: valoriza-se o silêncio como uma forma nobre de fazer política, numa clara inversão dos critérios de avaliação. Ainda mais: com uma passividade anémica aceita-se a tese da profunda maturação para a acumulação de cargos e responsabilidades. Tudo isto é bom para Menezes? Parece-nos indiferente, apesar de aparentemente estar a superar as expectativas. Como, além da surpreendente parcimónia? Alimentado dúvidas sobre o futuro. Esteve três dias para anunciar que ficava em Gaia, partilhando a autarquia com a chefia do partido – condição que lhe permite comparar-se a Pierre Mauroy, Chaban-Delmas, Alain Juppé. Distintos figuras na opinião de quem neles se revê. É verdade: até agora o líder da oposição quis parecer-se com alguém que não ele.
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