A vida continua a não ser fácil para os lados do aeroporto de Lisboa, rua C. Mais concretamente na Transportadora Aérea Portuguesa (TAP).

Apesar dos resultados, que não são maus, comparando com os prejuízos que a TAP nos «habituou», o ambiente não deve ser o melhor.

A conferência de imprensa para a apresentação de resultados, onde estiveram todos os administradores executivos da TAP SGPS - lado a lado, não conseguiu desfazer a ideia de que Fernando Pinto e Cardoso e Cunha convivem «no melhor dos mundos».

Bem visível foi o semblante de Fernando Pinto que nos habituou a estar nas conferências sorridente e falador. Não foi isso que aconteceu nesta última.

Do lado da gestão «brasileira», Michael Conoly fez as despesas da conversa e acabou por fazer uma explicação dos resultados visivelmente irritado com as notícias que têm sido publicadas sobre os resultados da TAP (antes da conferência) e que colocaram especial ênfase na necessidade que a TAP teve de ter extraordinários que levasse os resultados a terreno positivo, bem como numa noticiada má performance operacional.

Ainda que gostasse que a empresa tivesse lucros à custa da operação, não me parece que seja o momento de crucificar a gestão por o ter conseguido à custa dos extraordinários. Afinal os CTT também o fizeram e não foram crucificados em praça pública!

Mas parece que o esforço que devia ser feito ao nível de medidas estruturais na TAP, que ajudassem nomeadamente a reduzir custos, não teve ainda sucesso. A TAP só teve uma redução de custos de 2%.... a empresa precisa de mais.

Mas será que é possível fazer o que a TAP realmente precisa com uma equipa gestora dividida? A quem servirá a debilidade económica da TAP? A quem servirá a agitação social da TAP?

Começo a achar que a TAP, a pedido de algumas famílias (é pena não se saber de quais), nunca se vai erguer.