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Populismos

As eleições presidenciais e autárquicas costumam ser o fiel da balança das legislativas. Ninguém gosta de colocar, em Portugal, todos os ovos no mesmo cesto.

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Talvez porque poucos apreciem que alguém coma todos os ovos mexidos. O poder é para dividir, mesmo que em Portugal se sonhe sempre com um Governo forte e com governantes que mostrem que têm um cajado sempre à mão. É por isso que, neste momento em que os presidenciáveis ainda andam em busca do elixir que deu a força a Obélix, as autárquicas se tornem um assunto popular.

Os candidatos, dos mais populistas aos mais discretos, estão já a fazer o seu tirocínio através de «placards», de revistas sociais ou de eventos televisivos. É uma atitude que não os distingue muito dos caciques locais do século XIX. Sabe-se que todos têm «ideias», «projectos» e, nalguns casos, aspirações de colocar a cidade na moda. As cidades portuguesas precisam de ser pensadas, de ser locais de encontro, onde haja passeios sem carros, transportes eficazes, zonas verdes que não sejam apenas erva, casas recuperadas sem «tags» a sujar tudo.

As autárquicas deveriam ser a forma de descentralização do poder em Portugal. O problema é que são, normalmente, a entronização do populismo.

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