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Popeye e a reforma do país

O défice é o elefante branco de Portugal. Foi construído com muito amor e carinho por sucessivas gerações de governantes. Eles criaram teias de especializadas repartições onde é sempre preciso mais um papel, mais um documento ou mais uma assinatura para q

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Talvez isso explique porque se olha para as margens do Alqueva e são os espanhóis a plantar oliveiras para utilizar a quota de azeite portuguesa ou porque na região de Odemira se produzem frutos vermelhos (por empresas norte-americanas ou espanholas) para viajarem para Amesterdão todas as manhãs.

Ou porque estratégias extremamente interessantes como as do G7, que tantos bons resultados conseguiram na Vinexpo, têm de ser obra de entidades privadas com energia e visão de modernidade ligadas à memória vinícola do país. O país tenta, ciclicamente, reformar-se. Mas o país raramente está de acordo.

O Popeye de serviço às reformas não dispõe de espinafres suficientes para mudar Portugal. Por isso quando, ao som das trombetas se anunciam grandes reformas todos sabem que elas mais cedo ou mais tarde serão reavaliadas. É o Estado e o colete-de-forças que criou que asfixia o país. E o problema é que muitos continuam a ser felizes com isso.

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