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25 de Fevereiro de 2005 às 13:59

Os sumaríssimos

Nos próximos dias há um processo sumaríssimo que se vai decidir no relvado: quem, entre o FC Porto e o Benfica, ficará à frente da Superliga.

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Depois das tempestades sucessivas que a Comissão Disciplinar da Liga foi criando, após ver os jogos que são transmitidos com o mínimo de dignidade na televisão, para descortinar essa nova forma de drible no futebol indígena que é a cotovelada, o jogo já está inquinado. Antes e, necessariamente, depois.

Sabe-se que esta época ao FC Porto, ao Sporting e ao Benfica deveriam ser abertos processos sumaríssimos. Mas porque o futebol que apresentam, com raríssimas excepções, é um soporífero. Mas como a justiça da Liga não pode actuar contra os pavorosos espectáculos a que vamos assistindo nos estádios, onde o nivelamento já não é por baixo, mas sim abaixo da linha da água, pode ser que este jogo salve a época de quem gosta de ver futebol.

O FC Porto, três treinadores depois, mostra que a substituição de bons jogadores por um contentor de reforços que custaram uma fortuna, não foi uma má política: foi o completo descalabro. Ao sr. Couceiro resta agora recuperar os cacos, colá-los até final da época, e esperar que os adversários na corrida ao título joguem tão bem como até agora. Isto é, tão mal.

No Benfica o caso é tão pavoroso: o sr. Veiga, com o prestimoso auxílio do sr. Trapattoni, tornou a equipa um barril de pólvora. Só assim se compreende que as contratações sejam feitas segundo a forma de empréstimos (veja-se o caso do sr. Nuno Assis, do sr. Alcides e do sr. Delibasic), que os jogadores que não fazem parte do universo tutelar do sr. Veiga ou já saíram ou começam a ver a porta (como o sr. Sokota, o sr. Ricardo Rocha e, espante-se, o sr. Moreira que aguentou como poucos a pressão que lhe foram fazendo nos últimos dois anos), que as grandes contratações (sete ou oito) no Alverca não tenham redundado num único jogador no actual plantel e que, a acreditar na imprensa, a observação do CSKA tenha sido feita por um «amigo pessoal» do sr. Trapattoni e não por um elemento da equipa técnica.

É preciso mais para um processo sumaríssimo?

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