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25 de Outubro de 2007 às 13:59

O vazio de Sócrates

O Governo, em Portugal, gosta de jogar “Monopoly”. E reserva-se o direito de desempenhar o papel de banca. Ele distribui, parte e reparte. E está a conseguir fazer o que ninguém conseguira fazer até hoje: fazer do país um “far-west”, onde a pobreza se ins

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José Sócrates é o mar Aral da mendicidade de ideias neste país. Estende a mão à caridade alheia porque, manifestamente, não tem uma única. Quando se lê a sua entrevista ao último número da revista “L’Express” percebe-se a dimensão do “pensamento político” do primeiro-ministro: é uma Arrábida esburacada por dentro. Há, nela, uma frase que diz tudo sobre o seu vazio de ideias: “O pragmatismo, de que me reclamo, significa agir na cultura do resultado.” Sócrates não é um ideólogo: é um contabilista. E o país é o seu livro de merceeiro. O primeiro-ministro tornou-se um mero funcionário da gestão da economia, onde esquerda e direita se confundem. Sócrates diz que “sem risco, não há política”, o que também é um conceito inovador. Winston Churchill, se escutasse isto, puxaria de um charuto para não rir à gargalhada. Sobre as relações com África utiliza a “política Fausto Papetti”: o saxofonista que toca para que todos gostem. Apetece perguntar: há uma estratégia portuguesa para África? Não se vê. Mas o vazio ideológico, e de simples ideias, de Sócrates explica isso. E muito mais.
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