Opinião
O vaivém Benfica
Se o sr. Luisão se for embora, há quem esfregue as mãos de contente na Luz.
Se o sr. Luisão se for embora, há quem esfregue as mãos de contente na Luz. Deixa de existir alguém que tenha a mínima memória na equipa, depois da partida do sr. Nuno Gomes e do sr. Moreira, para grande alívio de alguns responsáveis pela nova postura do clube. Um plantel sem memória está sempre à mercê de um pastor.
O Benfica tornou-se num enorme vaivém. Onde todos os anos chega uma tonelada de jogadores para substituir outra tonelada que se vai embora, alguns deles emprestados. Ou seja: a ideia não é formar uma equipa que, todos os anos, se vá fortalecendo com reforços escolhidos cirurgicamente e com antecedência. A ideia é comprar muito e, de preferência, caro, porque só isso ilumina os olhos de alguns. A poucos dias de começarem os jogos a sério (e sobretudo a fase determinante de acesso à Liga dos Campeões) o plantel encarnado parece um mercado medieval: ainda está tudo à venda e tudo pode ser comprado. A serenidade do sr. Jorge Jesus em tudo isto é meritória. Não sabe que equipa vai ter, mas não lhe faltará mão-de-obra, toda ela escolhida com precisão cirúrgica. A escolha foi de tal forma inteligente que se compraram estrangeiros a mais e agora terão de se despachar alguns (para já não falar no destino que se há-de dar ao sr. Balboa, ao sr. Yebda e ao sr. Schaffer), para que no meio de juniores e alguns que nunca jogarão, se arranje um número mínimo de portugueses para que a UEFA não se chateie.
Tudo isto, claro, é feito em nome da gestão. O vaivém Benfica é hoje um "case study" onde se exemplifica tudo o que não deve ser feito em termos de gestão de um clube de futebol. Basta olhar para um facto: como é que alguém vai conseguir explicar que um investimento de oito milhões de euros, o sr. Roberto, vá limpar o pó durante a época ao banco de suplentes? Para que é que se andaram a comprar uma série de pretensos craques internacionais que nunca jogarão um jogo oficial pelo Benfica? A gestão do sr. Luís Filipe Vieira é uma dádiva da natureza. Só não se percebe como é que o Benfica continua a gastar incessantemente milhões de euros em jogadores? A receita da venda do sr. Fábio Coentrão não pode justificar tanto desvario. Depois de uma época em que o Benfica foi campeão e onde houve alguma estabilidade da equipa, voltou-se ao glorioso passado do disparate militante.
O sr. Jorge Jesus tem à sua disposição um aglomerado de jogadores. Falta-lhe uma equipa. Se, como na época passada, demorar três meses até ter uma, já se está a ver o resultado. Só que desta vez, se tal acontecer, o sr. Jesus não comerá as passas do final de ano na Luz.
O Benfica tornou-se num enorme vaivém. Onde todos os anos chega uma tonelada de jogadores para substituir outra tonelada que se vai embora, alguns deles emprestados. Ou seja: a ideia não é formar uma equipa que, todos os anos, se vá fortalecendo com reforços escolhidos cirurgicamente e com antecedência. A ideia é comprar muito e, de preferência, caro, porque só isso ilumina os olhos de alguns. A poucos dias de começarem os jogos a sério (e sobretudo a fase determinante de acesso à Liga dos Campeões) o plantel encarnado parece um mercado medieval: ainda está tudo à venda e tudo pode ser comprado. A serenidade do sr. Jorge Jesus em tudo isto é meritória. Não sabe que equipa vai ter, mas não lhe faltará mão-de-obra, toda ela escolhida com precisão cirúrgica. A escolha foi de tal forma inteligente que se compraram estrangeiros a mais e agora terão de se despachar alguns (para já não falar no destino que se há-de dar ao sr. Balboa, ao sr. Yebda e ao sr. Schaffer), para que no meio de juniores e alguns que nunca jogarão, se arranje um número mínimo de portugueses para que a UEFA não se chateie.
Tudo isto, claro, é feito em nome da gestão. O vaivém Benfica é hoje um "case study" onde se exemplifica tudo o que não deve ser feito em termos de gestão de um clube de futebol. Basta olhar para um facto: como é que alguém vai conseguir explicar que um investimento de oito milhões de euros, o sr. Roberto, vá limpar o pó durante a época ao banco de suplentes? Para que é que se andaram a comprar uma série de pretensos craques internacionais que nunca jogarão um jogo oficial pelo Benfica? A gestão do sr. Luís Filipe Vieira é uma dádiva da natureza. Só não se percebe como é que o Benfica continua a gastar incessantemente milhões de euros em jogadores? A receita da venda do sr. Fábio Coentrão não pode justificar tanto desvario. Depois de uma época em que o Benfica foi campeão e onde houve alguma estabilidade da equipa, voltou-se ao glorioso passado do disparate militante.
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