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O valor humano na era digital

Não haverá era digital sem a valorização do melhor que o ser humano tem.

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Falar da importância do valor humano na era da revolução digital pode parecer contraditório. Vários estudos revelam que existe uma corrida pelo talento digital. Mas como iremos interagir com as "máquinas que pensam"? O que irá acontecer com a força de trabalho actual?

A memória mais recente transporta-nos para a massificação dos computadores pessoais e para a adesão global aos dispositivos móveis, com acessos quase ilimitados a informação. E o que têm os seres humanos a ver com tudo isto? Tudo! Não haverá era digital sem a valorização do melhor que o ser humano tem como a capacidade de pensar, criar e estabelecer relações interpessoais.

O mais recente estudo da PwC, "Workforce of the Future: the competing forces shaping 2030", que revela os resultados do estudo realizado a cerca de 10.000 pessoas em todo o mundo, indica que mais de um terço das pessoas está preocupado com a perda do seu emprego por causa da automação. Efectivamente, as profissões com tarefas mais rotineiras estão actualmente já a sofrer uma automação, e serão massivamente reclassificadas.

Em 1997, existiam menos de 700 mil robôs industriais em todo o mundo. Actualmente são 1,8 milhões e prevê-se 2,6 milhões até 2019. Os trabalhos mais fáceis de serem substituídos são, sobretudo, os da indústria transformadora. O número e valor percepcionados das profissões irão, necessariamente, sofrer alterações.

Reinvenção das carreiras

No entanto, a era digital abre uma oportunidade para que os profissionais reinventem a sua carreira, adquiram novas competências e se especializem nas tarefas de qualidade, que se irão suportar nas competências onde os seres humanos são claramente competitivos face aos robôs.

A automação está a criar novas profissões e esta tendência tornar-se-á mais visível nos próximos 10 anos, como, por exemplo, profissões que apoiem a contínua performance das máquinas. O estudo da PwC indica que 74% dos inquiridos estão dispostos a aprender novas competências ou a receber formação para se conseguirem manter competitivos. Consideram da sua responsabilidade manter as suas competências actualizadas.

Os CEO estão, cada vez mais, em busca de competências interpessoais, como o pensamento inovador, a liderança e a inteligência emocional que não podem ser codificadas. Estas características são difíceis de encontrar e não existe actualmente nenhuma alternativa automática. Assim, na era digital, o valor humano será ainda mais valorizado.


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