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11 de Janeiro de 2008 às 13:59

Karl Rowe na pista de Alcochete

José Sócrates vai acabar só, quanto muito com o seu Karl Rowe – numa mistura de Pedro Silva Pereira, o cérebro visível, e José Almeida Ribeiro, a metade na sombra. É impressionante a forma como o primeiro-ministro abalroa a verdade, num exercício que pode

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Ontem, o primeiro-ministro foi incapaz de reconhecer a precipitação (já não se espera que pronuncie a palavra erro) quando anunciou a sua opção por Alcochete. Na margem Sul, como se esperava. Desde que Cavaco se envolveu no processo e chamou o interlocutor à terra, era fácil descobrir o tesouro – e ele estava na pista de Cavaco. É evidente que Sócrates sabe o que fez e disse e é por o saber que, pela primeira vez, se expôs em público. Ficamos a saber – ficaram os seus ministros e colaboradores – que “não há uma política do ministro das Obras Públicas. Há apenas uma política do Governo”. Presume-se que seja extensivo ao colectivo, independentemente do assunto ou área. Mário Lino ouviu calado o que “jamais” julgávamos que alguém com sangue nas veias conseguisse engolir. Se lhe restar algum – e a sua vida pública assim o diz – é óbvio que só pode retirar do episódio as naturais consequências. Por muito menos bateu com a porta Luís Campos e Cunha. E Freitas do Amaral. E, arriscamos, o próprio António Costa. Sócrates não é capaz de partilhar o poder. A não ser com o seu Karl Rowe.

P.S. “Doa a quem doer” a investigação ao BCP vai às últimas consequências – palavra do primeiro-ministro. Sabem a quem não vai doer? A Armando Vara que, pelo sim pelo não, quer manter um recuo na Caixa. Fantástico melga!

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