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Impacto da Covid-19 na Indústria das Telecomunicações

À medida que a pandemia provocada pela SARS-CoV-2 nos atinge numa escala sem precedentes e afeta a dinâmica da economia à escala mundial, o mundo sustem a respiração.

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Cada dia que passa, as consequências tornam-se progressivamente mais abrangentes, menos previsíveis e o seu impacto é cada vez maior e mais profundo. Neste contexto, a utilização das telecomunicações e dos serviços de media tem vindo a aumentar. Apesar da pandemia afetar cada vez mais indústrias e ameaçar o emprego em cada vez mais setores de atividade, há um foco crescente para assegurar que a conectividade é segura e acessível a todos os que dela precisam – e este é um desafio que deverá aumentar ainda mais no futuro imediato.

Devido à atual situação, a indústria das telecomunicações concentra os seus esforços em garantir que as empresas que estão ligadas conseguem continuar assim. Adicionalmente, tanto a indústria das telecomunicações, como o setor das tecnologias, têm novas oportunidades para ajudar no que mais importa: manter as pessoas seguras e saudáveis. Alguns exemplos: ajudar as empresas que se esforçam por disponibilizar a tecnologia de videoconferência de forma mais ampla; ajudar os governos a divulgarem informações precisas aos cidadãos sobre a Covid-19 e a encontrarem novas formas de utilizar as tecnologias das smart cities para ajudarem a combater a pandemia.

O impacto dos efeitos desta pandemia nas indústrias das telecomunicações e das tecnologias de consumo foi, é e continuará a muito forte, impactando positivamente estes setores: o nível de dependência e as necessidades de ferramentas de teleconferência empresarial, tais como, e entre outras do Microsoft Teams, do Google Hangouts e do Zoom, aumentou de forma exponencial. A Covid-19 levou as empresas, de forma massiva, e em todo o mundo, a colocarem os seus funcionários a trabalhar em modo remoto a partir de suas casas. Cada dia que passa aumenta o número de pessoas nestas condições. Logo, a pressão sobre as redes de banda larga para apoiarem e responderem a um nível de procura da conectividade sem precedentes, está a aumentar. Hoje há mais pessoas a trabalharem a partir de casa do que nunca. As ferramentas de comunicação e colaboração são por isso uma parte essencial do esforço para manter a colaboração a funcionar.

A tecnologia desempenha um papel fundamental nesta fase de reorientação do mundo empresarial, da economia e da sociedade. A Covid-19 veio acelerar o ritmo da transformação digital, precipitando-a em todo os setores e atividades. As empresas dos nossos dias não estão só a aprender a trabalhar remotamente, estão também a mudar a forma como fazem os seus negócios.

Um dos maiores desafios que se coloca atualmente é o de garantir a capacidade de acessos seguros a ligações fiáveis para todos os utilizadores, o que exige que os prestadores de serviços de rede estejam capacitados para disponibilizarem soluções eficientes.

Também os fornecedores de telecomunicações enfrentam situações ímpares. Recentemente, por exemplo, os cinco principais operadores de telecomunicações em Espanha assinaram uma carta a avisar que as suas redes poderiam em breve entrar em colapso devido ao aumento de cerca de 40% do tráfego através das redes IP e de 50% nas chamadas de voz. Na mesma comunicação, estas empresas pediam aos utilizadores para fazerem uma utilização mais responsável da internet.


Já os fornecedores de serviços de rede insistem que as suas infraestruturas são capazes de suportar o atual aumento da procura apoiadas em redes globais, em vários centros operacionais à volta do mundo e em planos de continuidade amplamente testados. Estas empresas monitorizam permanentemente a situação atual, bem como do estado de saúde e segurança das suas equipas de continuidade e possuem planos de contingência bem estabelecidos, que lhes permitirão enfrentar qualquer potencial impacto que a pandemia possa vir a ter nas suas redes ou/e operações.

Os principais intervenientes do setor das telecomunicações sabem como aumentar a sua capacidade, porque ela tem vindo a crescer a um ritmo de 30 a 40%/ ano nos últimos dez anos. É difícil prever como o consumo irá mudar nas próximas semanas e, portanto, como os fornecedores de rede poderão preparar-se para o futuro. Apesar dos operadores de rede na Europa terem reportado evoluções exponenciais do tráfego, a verdade é que as infraestruturas de rede continuam fortes, têm capacidade para responder à procura crescente e são capazes de manter as empresas ligadas.


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