Quatro décadas após a emergência das primeiras redes de comunicações móveis, surge o 5G. Um novo standard que deverá começar a ser comercializado já no próximo ano. O advento das novas redes tem vindo a criar grandes expectativas no mercado empresarial em especial, e na sociedade em geral. São muitos os que acreditam que o 5G vai inaugurar uma nova era de transformação, no âmbito da qual a experiência do cliente será elevada ao expoente máximo, aparecerão novos modelos de negócio e novos serviços - disponibilizados a velocidades estonteantes, e redes com níveis de desempenho e de fiabilidade nunca vistos.  Porém, a tecnologia 5G ainda está na fase de teste e apenas pronta para vir a ser lançada nalguns mercados  durante 2020.

Por outro lado, as redes de 5G são sobretudo desenvolvidas para gerir uma maior diversidade de serviços de dados móveis e não apenas o simples aumento dos níveis de navegação, de streaming e das redes sociais. A arquitetura da rede 5G, altamente densificada, é especialmente necessária para aumentar a capacidade e o volume dos dados móveis de modo a responder às futuras exigências. Prevê-se que o potencial das funcionalidades do 5G venha a ser enorme, dado que a rede deverá funcionar em praticamente todo o mundo, independentemente do local onde estiverem os utilizadores e dos dispositivos que utilizarem para se ligarem a ela. O 5G irá criar um novo paradigma de transformação digital e de virtualização das redes.

A passagem para o standard 5G cria múltiplos desafios aos operadores móveis, já que a capacidade da rede de quinta geração envolve principalmente níveis de latência muito baixos, muito maior velocidade de débito dos dados, bem como níveis muito mais elevados de segurança e fiabilidade.  Apesar de a quarta geração de tecnologias de comunicações móveis LTE e LTE avançada já estar disponível em todo o mundo, o 5G exige a criação de um novo standard que tornará viável a disponibilização de serviços ultra rápidos e de muito baixa latência.

A chegada iminente do 5G irá certamente revolucionar as nossas  vidas, mas nem todos temos consciência que se trata de um processo que levará o seu tempo. Terão que ser feitos investimentos  muito significativos na evolução e na atualização das infraestruturas de rede atualmente disponíveis.  Ainda assim, a densificação da arquitetura da rede móvel 5G vai requer a densificação complementar das infraestruturas ao nível das redes de fibra óptica, pelo que os operadores terão necessariamente que aumentar os seus investimentos na criação de uma nova rede de backhaul, capaz  de responder às exigências desta nova tecnologia.  Os elevados investimentos implicados já estão a fazer com que as empresas  inovem e criem outros modelos de negócio, maximizando estas apostas.

Em resumo, para responder às necessidades do lançamento iminente do 5G, os operadores móveis, para além de investirem na rede móvel, terão que investir significativamente em redes próprias de fibra óptica de alta velocidade.  Em alternativa, poderão considerar outras possibilidades, potencialmente mais rentáveis e com melhor time to market, e trabalharem mais de perto com os fornecedores especializados de backhaul, que possuem a capacidade e a experiência para disponibilizarem a infraestrutura necessária com a densidade de fibra óptica suficiente para permitir o arranque do 5G.