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Dois galos para um poleiro

São bons gestores, Marques Gonçalves e Ferreira de Oliveira. Ferreira de Oliveira veio para Portugal em 1995 e pôs ordem na caótica Petrogal. Saiu em 2000, para a Unicer. Em cinco anos, fez de uma cervejeira uma empresa de bebidas. Mas quem o conhece, sab

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São bons gestores, Marques Gonçalves e Ferreira de Oliveira. Ferreira de Oliveira veio para Portugal em 1995 e pôs ordem na caótica Petrogal. Saiu em 2000, para a Unicer. Em cinco anos, fez de uma cervejeira uma empresa de bebidas. Mas quem o conhece, sabe que nunca esqueceu o cheiro a petróleo.

Mesmo depois de o consórcio Petrocer ter sido atropelado pelo "não" de Bruxelas ao rearranjo do sector da energia em Portugal.

Foi esse irresistível apego ao crude que perturbou os seus últimos meses na Unicer: decisões ficaram por tomar num momento em que a Central (muito bem dirigida por Alberto da Ponte) começou a incomodar.

Marques Gonçalves é, curiosamente, mais conhecido fora de Portugal. O seu trabalho nas fábricas da GM em Ellesmeerport e na Polónia deixou saudades. Discreto, era uma espécie de "bombeiro": onde a GM tinha um problema, lá estava Gonçalves. E "entregava" (no sentido de deliver).

O problema é que os dois não podiam coexistir na mesma empresa. Porque não se complementam... sobrepõem-se. Marques Gonçalves, dada a correlação de forças na Galp (ENI + Amorim), faz bem em abandonar. Apesar do apoio de Manuel Pinho. Se ficasse quem perdia era a Galp, enredada em guerras de poder. Saindo como sai, sai por cima. E com a falta de talento (para gerir empresas) que por aí há...

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