1. Consequências da dívida americana
A dívida soberana americana foi, de longe e sem surpresa, o tema dominante na imprensa de fim de semana. As conversações de último minuto entre democratas e republicanos atingiram um ritmo frenético. Ontem houve por várias vezes notícias contraditórias sobre o acordo, que chegou a ser dado como certo e depois negado.

As consequências deste impasse, e do improvável incumprimento, são difíceis de antever nos planos económico e financeiro. As conjeturas nesta altura dependem mais do desejo e das crenças de cada analista do que da realidade. Já no plano político uma consequência é certa: haja ou não acordo para elevar o teto da dívida e impedir o default, Barack Obama sairá bastante fragilizado do processo.

Só fica por quantificar em votos o rombo na sua imagem. E a fragilidade do presidente aos olhos do seu país espelha a fragilidade dos Estados Unidos da América no resto do mundo. A América já não é o que era.



2. Google
Na Primavera a empresa fora batida pela concorrência num leilão informal das patentes da Nortel. Mas em Julho a Google conseguiu comprar mais de um milhar de patentes à IBM. A estratégia parece passar mais por um reforço do arsenal legal da empresa para esgrimir em tribunal do que pelo interesse na sua aplicação. Os litígios de propriedade intelectual tiveram uma explosão recente entre as tecnológicas.



3. Microsoft
Bill Gates vendeu mais de 5 milhões de ações da Microsoft - menos de 1% do total que detém. A notícia provocou algumas tentativas de explicação, mas tudo indica que o fundador apenas pretende diversificar o seu portefolio. Entretanto a empresa foi obrigada por um tribunal federal a pagar 70 milhões à francesa Alcatel-Lucent, numa questão de infração de patentes. Estas ações estão a custar milhões às empresas de alto perfil.



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