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Investimento contratualizado pela AICEP recupera para 420 milhões, anuncia Pedro Reis
Números avançados pelo ministro da Economia, Pedro Reis, apontam para a criação de novos mil postos de trabalho nos projetos a implementar ao longo da próxima década.
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A contratualização de novo investimento pela AICEP, a Agência para o Investimento e Comércio Externo em Portugal, recuperou em 2024, atingindo 420 milhões de euros, revela o ministro da Economia, Pedro Reis.
"Posso anunciar que a Aicep contratualizou 420 milhões de euros de investimento em 2024. Isto quer dizer um contrato entre os promotores privados e o Estado. É investimento assegurado que se vai agora desenvolver na economia. São contratos para os próximos dez anos que começarão já a ser executados", explica Pedro Reis no anúncio que sucede à mensagem de Ano Novo do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que elegeu "investimento" como a "palavra-chave" para o ano que agora se inicia.
"É uma prova de força e de confiança na economia portuguesa. Em 2022 foram contratualizados 12 milhões, em 2023 41 milhões", refere o ministro da Economia, após os últimos anos terem, nestes dados agora avançados, ficado muito abaixo dos registos pré-pandemia.
A recuperação porém fica ainda bastante abaixo do anúncio de 2,6 mil milhões de euros de investimento contratualizado pela AICEP em 2021, conforme o último relatório e contas aprovado e publicado pela agência, relativo a um ano que terá representado um valor recorde de contratualização de investimento, após uma quebra ocorrida em 2020, no embate da pandemia e com o lançamento dos últimos concursos do Portugal 2020.
Na entrevista ao Negócios e Antena 1, Pedro Reis defende que a recuperação do ano de 2024 se dá "já com esta diplomacia económica ativa, uma Aicep revigorada, os instrumentos operacionais", sinalizando que o investimento contratualizado permitirá a criação de mil postos de trabalho diretos "em áreas completamente diversas", " distribuídos regionalmente pelo país, muito de cariz industrial acoplado com serviços e com tecnologias". "É tudo o que interessa à economia portuguesa", defende.
Entre o investimento captado, o ministro da Economia destaca projetos na área dos semicondutores, no ramo automóvel "nas componentes de eletrificação de veículos" ou na área farmacêutica, com "rês ou quatro promotores de laboratórios nacionais e internacionais que vão investir em Portugal".
"Uma quarta área é de tecnologias de informação e, depois, temos duas áreas de indústria pura de plásticos e da área de madeira, entre muitos outros contratos", descreve.
"Este mosaico de investimento tem muito que ver com aquilo em que temos vindo a trabalhar para uma base estratégica de aceleração da economia e internacionalização das empresas portuguesas", defende o governante, sinalizando que, após a aprovação do Orçamento do Estado para 2025 o Governo estará agora mais focado na promoção do crescimento económico.
"É muito importante o país ter virado a página da agenda política e dar espaço agora à agenda da economia. Agora é preciso acelerar o crescimento económico, que é a mãe dos recursos, do bem-estar, da esperança e do futuro de todos nós", defende.
Já para 2025, e perante um cenário de maior incerteza internacional, Pedro Reis afirma que será possível crescer nas metas de angariação de investimento, ainda que sem as quantificar. "Arrancamos um ano com a perceção da responsabilidade que todos temos perante um desafio grande a nível externo, mas também de que há um caminho para a economia portuguesa de crescimento", diz.