1. BCE emite comunicado a dizer que nada disse
A semana começou com a notícia de que a Grécia pagou uma prestação de 3.200 milhões de euros ao Banco Central Europeu. "Com normalidade", referiu o porta-voz do Ministério das Finanças. E é com normalidade que a actividade político-financeira sai das férias, este ano mais curtas para quase toda a gente.

Continua o braço de ferro entre os bancos centrais europeu e alemão no que toca à possível compra de bonds de Espanha e Itália. E o facto de o BCE manter, com redobrada insistência, um discurso oficial que desmente tal intenção é tomado como irrelevante. Tanto pela comunicação social como pelos mercados, que ontem voltaram a subir, confiantes que o BCE acabará por comprar dívida.

O jogo disputa-se, ainda, com declarações "individuais", atirando à parede dos media o barro das teorias. O problema desta negociação na praça pública é a sua morosidade. Agosto terminará sem nada de novo na frente do euro.



2. Best buy
Os investidores receberam com uma desvalorização de 5% no pre-market a nomeação do novo presidente executivo, o francês Hubert Joly, ex-líder da turística Carlson, que assume a função dentro de 10 dias. Provavelmente, uma negativa pontual: os analistas aplaudiram a decisão, que encerrará um período de incertezas e traz para a Best Buy - proprietária da cadeia Carphone Warehouse - alguém com experiência em reestruturações.



3. Angela Merkel
A chanceler sai das férias directamente para uma semana duríssima. Reúne com François Hollande na quinta e recebe Antonis Samaras na sexta -- a viagem da agonia, titulam os jornais gregos. A situação da Grécia é considerada dramática pelos alemães mesmo depois dos sinais de Atenas terem mudado tanto no discurso como nas acções. Será um caso de má-vontade? Dentro da União Europeia começa a recuar o apoio às teses de Berlim.



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