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As anedotas do futebol indígena

O futebol é um desporto que permite às equipas o empate. Mas só recorda, no fim, quem ganha e quem perde. No final deste campeonato ninguém se vai lembrar de quem ficou em segundo ou em terceiro lugar. Vai apagar todos eles da história e só vai louvar, em

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Tudo isso não deixa de ser uma piada nesta anedota pegada que é a I Liga. O futebol português é o episódio perdido da série "Monty Python". Poderíamos ver momentos deste argumento hilariante: o sr. Benquerença vai apitar um jogo determinante para a classificação final do campeonato; o Benfica ainda está a negociar essa nódoa que é uma teimosia do sr. Santos, o sr. Derlei, para a próxima época; o sr. Rochemback chega a Lisboa e diz candidamente que nunca se deu mal com o sr. Fernando Santos: o que é que isto quer significar; o sr. Dani estica a corda da renovação até ao limiar; os futebolistas querem ter reforma aos 35 anos; metade dos clubes profissionais têm salários em atraso. Já estamos habituados a assistir ao silêncio dos inocentes do costume (o sr. Madaíl e o sr. Hermínio Loureiro, agora preocupados em conseguir um mundial que os mostre nas televisões de todo o mundo com os bicos dos pés atrás do chefe da FIFA e dos patrocinadores), que fingem que nada disto é com eles. E, pensando bem, não é. O futebol português é um queijo suíço: cheio de buracos. Nada nisto parece real: tudo não passa duma ficção alimentada para aparecer na Disneylândia apesar de surgir como algo sério. Para o início da temporada há, para já, uma telenovela divertida a seguir: será que o sr. José Veiga regressará à Luz para firmar "excelentes" contratações, que o departamento médico continuará a mentir e ficar orgulhoso disso, que o sr. Fernando Santos conseguirá que a equipa começa finalmente a chorar assim que entra em campo? Os próximos episódios surgem nas próximas semanas.
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