Opinião
A Educação e os erros de Isabel Alçada
A Educação voltou à ribalta, desta vez por causa do fim das reprovações.
Curiosamente, numa altura em que se ficou a saber que os resultados da disciplina de Matemática voltaram a piorar. As análises feitas nos últimos dias revelaram (apenas) uma coisa em comum: a diversidade de diagnósticos… e de soluções para o problema. Se o leitor tiver estado atento a essas opiniões, a esta altura estará a fazer duas perguntas: como é possível reformar a Educação com ideias tão diferentes (em alguns casos diametralmente opostas)? Como é possível reformar a Educação sem rupturas?
As duas perguntas têm resposta óbvia: não é possível. Isto é, não vale a pena os Governos procurarem consensos com todas as forças políticas porque as propostas em jogo são inconciliáveis. O que leva a concluir que não se pode reformar a Educação sem rupturas.
Dir-se-á que foi isso que fez Maria de Lurdes de Rodrigues, com o apoio de José Sócrates, de 2005 a 2008. Não foi. Porque o PS falhou num ponto: não partilhou o seu projecto com o outro partido de Poder, o PSD. Enquanto não houver um acordo sobre cinco ou seis princípios (basta esses!) que devem nortear a Educação em Portugal, nada vai mudar. Continuaremos a assistir a propostas avulsas (como o salto do 8º para o 10º ano e, agora, a questão das reprovações), que não resolvem nada. Mais: as propostas avulsas, pelo "ruído" que provocam, são o melhor aliado dos "lobbies" instalados, mais preocupados com os seus interesses do que com a qualidade da Educação. Isabel Alçada ainda não percebeu isso?
As duas perguntas têm resposta óbvia: não é possível. Isto é, não vale a pena os Governos procurarem consensos com todas as forças políticas porque as propostas em jogo são inconciliáveis. O que leva a concluir que não se pode reformar a Educação sem rupturas.
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