Opinião
Preto e branco
Os touros precisam de mostrar mais força para eu voltar a juntar-me ao seu clã, mas os ursos continuam tímidos.
"Depois de passar muitos anos em Wall Street, ganhando e perdendo milhões de dólares, quero-vos dizer o seguinte: nunca foram os meus pensamentos que me fizeram ganhar as grandes fortunas. Foi sempre quando estive sem negociar."
Jesse Livermore
Depois da quebra dos 5.000 pontos do PSI, conforme tinha planeado e referido em vários artigos, despi o meu fato de touro. Sem hesitações, sem " E se?" ou "Deixa ver…". A disciplina é algo determinante nos mercados e se, durante meses, afirmei que a quebra desse valor me faria deixar de estar otimista, não poderá ser o calor do momento a mudar o que tinha previamente definido.
Durante a semana passada, alguns leitores perguntaram porque é que, se despi o fato de touro, não vestia o fato de urso. Não creio que os ursos tenham mostrado força suficiente para isso e, por isso, estou sem qualquer opinião sobre o PSI. Para muitos, isso é quase um sacrilégio. Nos dias de hoje, com as redes sociais a dominarem o mundo, tudo parece ser preto ou branco. O cinzento não está na moda e parece quase pecado não se escolher um dos lados da barricada.
Preocupa-me mais a falta de força da bolsa portuguesa do que a dos mercados internacionais. O S&P, o mais importante índice do mundo, está de novo muito perto do seu máximo histórico, enquanto o PSI recuperou algum terreno, mas muito longe sequer do máximo do último ano. Os touros precisam de mostrar mais força para eu voltar a juntar-me ao seu clã, mas os ursos continuam ainda tímidos para contarem com a minha companhia.
Continuo a achar que é tempo de estar de fora a ver o mercado. Parece aborrecido, mas enquanto o mercado não der sinais fortes, é a atitude mais sensata. Porque, como bem disse Jesse Livermore, são os momentos em que estamos de fora a ver que nos fazem ganhar dinheiro. Ou não perdê-lo.
Entre aqui para comentar o artigo de Ulisses Pereira
Jesse Livermore
Depois da quebra dos 5.000 pontos do PSI, conforme tinha planeado e referido em vários artigos, despi o meu fato de touro. Sem hesitações, sem " E se?" ou "Deixa ver…". A disciplina é algo determinante nos mercados e se, durante meses, afirmei que a quebra desse valor me faria deixar de estar otimista, não poderá ser o calor do momento a mudar o que tinha previamente definido.
Preocupa-me mais a falta de força da bolsa portuguesa do que a dos mercados internacionais. O S&P, o mais importante índice do mundo, está de novo muito perto do seu máximo histórico, enquanto o PSI recuperou algum terreno, mas muito longe sequer do máximo do último ano. Os touros precisam de mostrar mais força para eu voltar a juntar-me ao seu clã, mas os ursos continuam ainda tímidos para contarem com a minha companhia.
Continuo a achar que é tempo de estar de fora a ver o mercado. Parece aborrecido, mas enquanto o mercado não der sinais fortes, é a atitude mais sensata. Porque, como bem disse Jesse Livermore, são os momentos em que estamos de fora a ver que nos fazem ganhar dinheiro. Ou não perdê-lo.
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Nem Ulisses Pereira, nem os seus clientes, nem a DIF Brokers detêm posição sobre os activos analisados. Deve ser consultado o disclaimer integral aqui
Analista Dif Brokers
ulisses.pereira@difbroker.com
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