Opinião
Chuva na rua e nos mercados
Felizmente que algumas acções nacionais têm conseguido contrariar o domínio dos ursos.
O ano novo trouxe chuva nas ruas e nos mercados. O vermelho das quedas mancha o início de ano pelo mundo fora, numa maré a que poucas Bolsas resistem. Portugal não foi excepção e a primeira semana de 2016 não deixará saudades aos investidores.
Em conversa com o gerente do balcão do meu Banco, ele dizia-me: "Ulisses, dê-me boas notícias este ano para a nossa Bolsa!". Sorri com o comentário. Se há coisa que odeio é pessimistas, velhos do Restelo e personagens que clamam o apocalipse ao virar de cada esquina. É tão mais fácil ser-se pessimista. Há sempre uma crise, um medo, uma ameaça a pairar no ar. Adoro o optimismo mas não o consigo ser sem razões para isso.
Pesa-me este fato de urso, carrancudo e tristonho, que trago vestido há alguns meses. Mas a nossa Bolsa continua a não me dar razões para mudar de posição. Ou de fato, conforme vos soar melhor. Dois sinais serão precisos para que, em termos de curto e médio prazo, abandone o meu pessimismo: A ruptura da linha de tendência descendente e da resistência horizontal na zona dos 5600 pontos. O PSI tem fracassado sempre que tem oportunidade para o fazer. Claro que, face à dimensão das quedas na passada semana, a probabilidade de um ressalto nos próximos dias aumenta, mas isso não alterará a minha visão.
Felizmente que algumas acções nacionais têm conseguido contrariar o domínio dos ursos e tenho procurado analisá-las, dando um pouco de luz ao cinzentismo destas análises. Mas, infelizmente, não é o meu optimismo que fará a realidade mudar. Será a mudança da realidade que me tornará optimista. Sim, porque os "Bear Markets" não duram para sempre - não sabemos é até quando eles duram.
Por isso, estar de fora, de braços cruzados, esperando pacientemente pelos sinais que venho apontando, continuará a ser a opção que defendo, tal como o venho fazendo há bastante tempo. Chamem-me aborrecido, pessimista ou o que quiserem. Limito-me a não nadar contra a corrente. Ou contra a chuva.
Em conversa com o gerente do balcão do meu Banco, ele dizia-me: "Ulisses, dê-me boas notícias este ano para a nossa Bolsa!". Sorri com o comentário. Se há coisa que odeio é pessimistas, velhos do Restelo e personagens que clamam o apocalipse ao virar de cada esquina. É tão mais fácil ser-se pessimista. Há sempre uma crise, um medo, uma ameaça a pairar no ar. Adoro o optimismo mas não o consigo ser sem razões para isso.
Felizmente que algumas acções nacionais têm conseguido contrariar o domínio dos ursos e tenho procurado analisá-las, dando um pouco de luz ao cinzentismo destas análises. Mas, infelizmente, não é o meu optimismo que fará a realidade mudar. Será a mudança da realidade que me tornará optimista. Sim, porque os "Bear Markets" não duram para sempre - não sabemos é até quando eles duram.
Por isso, estar de fora, de braços cruzados, esperando pacientemente pelos sinais que venho apontando, continuará a ser a opção que defendo, tal como o venho fazendo há bastante tempo. Chamem-me aborrecido, pessimista ou o que quiserem. Limito-me a não nadar contra a corrente. Ou contra a chuva.
Nem Ulisses Pereira, nem os seus clientes, nem a DIF Brokers detêm posição sobre os activos analisados. Deve ser consultado o disclaimer integral aqui
Analista Dif Brokers
ulisses.pereira@difbroker.com
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