Opinião
O último recurso
O mercado, e não a política, trouxe-nos a austeridade. Com dor e sofrimento q.b. estamos a provar que seremos capazes de voltar a ter crédito.
A FRASE...
"Portugal pagou menos de metade para vender dívida a seis meses, e também menos para colocar títulos a doze meses. Colocou 1,75 mil milhões de euros, o que corresponde ao máximo previsto."
Eva Gaspar, in Negócios, em 15 de Maio de 2013
A ANÁLISE...
No campeonato da dívida, isto é, da credibilidade, estamos a subir. Quando a perdemos, fomos massacrados pelas baixas notações das proscritas agências de "rating", por taxas de juro punitivas e por portas fechadas. O mercado, e não a política, trouxe-nos a austeridade. Com dor e sofrimento q.b. estamos a provar que seremos capazes de voltar a ter crédito. A ajuda do BCE foi também fundamental.
A vontade de pagar, mais do que a capacidade, podem-nos trazer mais soberania do que se imagina. O expansionismo orçamental é inviável no médio e longo prazo sem o escrutínio de mercado. Há a alternativa do confisco, e as do incumprimento, próprias de um País terceiro-mundista. A opção da consolidação orçamental num espaço de moeda única é obrigatória para a sustentabilidade do Estado social.
Este artigo de opinião integra A Mão Visível - Observações sobre as consequências directas e indirectas das políticas para todos os sectores da sociedade e dos efeitos a médio e longo prazo por oposição às realizadas sobre os efeitos imediatos e dirigidas apenas para certos grupos da sociedade.
maovisivel@gmail.com