Opinião
Um voto nulo
Esta semana, vi um tempo de antena do PS em que um actor deambula num monólogo mal escrito, que no final é comentado numa simulação de mesa redonda protagonizada pelo candidato Pedro Marques.
Back to basics
A política é um conjunto de interesses mascarados como defesa de princípios.
Ambrose Bierce
Um voto nulo
Esta semana, vi um tempo de antena do PS em que um actor deambula num monólogo mal escrito, que no final é comentado numa simulação de mesa redonda protagonizada pelo candidato Pedro Marques. Trata-se de um exemplo de manipulação completa a meio de uma campanha eleitoral, e nada do tempo de antena tem a menor relação com o sentido das eleições deste fim-de-semana e muito pouco cola com a realidade objectiva e a história recente. É uma espécie de fake news, publicidade enganosa por junto. Estamos num paradoxo: Domingo há eleições, mas na campanha eleitoral não se debateu o que está a votos: o Parlamento Europeu e o seu papel na União Europeia. Apresentadas pelo Governo e pela oposição como um referendo ao exercício do poder por António Costa, estas eleições são, no fundo, um retrato da disfunção da própria UE. Recordo aqui o que António Barreto acertadamente disse sobre este assunto: "Alguém sensato acredita que um Parlamento com 750 deputados, vindos de 28 países e falando 24 línguas oficiais seja capaz de defender os direitos dos cidadãos?" Na realidade, esta é a questão que não foi discutida e que toda a gente quer evitar. Olho para o que se passou na campanha eleitoral e fico enjoado com o fraseado dos cinco maiores partidos e nos novos partidos não me revejo - até porque eles próprios posicionaram-se submissos face ao sistema vigente do exercício de poder na União Europeia. O voto útil é uma coisa que cada vez me agrada menos - é um ritual de conformismo, é aceitar que não se pode fazer nada. A abstenção, já se sabe, deve atingir níveis históricos e não tenciono alimentá-la. Mas tenciono votar nulo, com um risco a toda a largura do boletim do voto, uma expressão do meu desagrado. Este é, nesta altura, o único voto que para mim faz sentido - e tenho pena que os votos brancos e nulos sejam contabilizados em conjunto, e não separados, na nossa caduca lei eleitoral, ela própria incentivadora desta redoma de imobilidade do sistema.
Semanada
• O Ministério da Educação revelou que, desde o início do ano lectivo, já recebeu 600 reclamações contra refeições servidas em refeitórios escolares concessionados • as doenças sexualmente transmitidas estão a aumentar e os casos de gonorreia subiram 48% no ano passado • uma advogada candidata a juíza foi acusada por tráfico de droga, apanhada em flagrante à entrada de um estabelecimento prisional • em 23% dos concelhos portugueses há mais reformados do que trabalhadores • mais de 40% das famílias têm um rendimento anual inferior a dez mil euros • a OCDE reviu em baixa a estimativa para o PIB para 1,8% (abaixo dos 2,1% que antecipava) e agravou a previsão do défice para 0,5% (contra 0,2% previstos em novembro) • nos primeiros três meses do ano, os cinco principais bancos do sistema tiveram em conjunto um lucro de 373 milhões de euros, o equivalente a 4,1 milhões de euros por dia • o Novo Banco registou prejuízos de 93 milhões de euros, o único dos cinco com contas no vermelho • os bancos concederam, em Março, 617 milhões de euros aos consumidores só para o crédito ao consumo, dos quais 238 milhões foram destinados ao crédito automóvel • em 2018, o regulador da saúde aplicou 487 multas, o dobro das aplicadas em 2017 • as telecomunicações ocupam o primeiro lugar há mais de 12 anos no ranking das reclamações que chegam à DECO • num relatório sobre um descarrilamento, a Infraestruturas de Portugal afirmou não ter meios para fazer melhor manutenção das linhas ferroviárias.
Dixit
"A União Europeia é um daqueles temas em que mais vale não tocar muito."
Luciano Amaral
a propósito das eleições para o Parlamento Europeu.
Leituras juvenis
Já vai no número cinco a Electra, criada pela Fundação EDP como uma "revista de pensamento, arte, literatura, ciência e crítica cultural" - um caso único no actual panorama editorial português, dirigida por José Manuel dos Santos. Um dos pontos altos desta edição é um ensaio sobre Marcel Proust, no qual Michel Erman fala da relação de Proust com o dinheiro e do que ele representou na sua obra e na sua vida. "Da herança que recebeu dos pais ao uso que fez dela para afirmação literária, da comédia mundana a meio facilitador de relações amorosas e sexuais, o dinheiro foi para Proust um instrumento de compreensão do mundo e do lugar de cada um, nele." Mas o prato forte desta edição é o especial "Jovens Para Sempre", dedicado aos ideais da juventude, apresentados "como um dos motores da história social, cultural e política" recente. Cuidadosamente paginado e ilustrado, este especial destaca, num texto de António Guerreiro, que "a juventude como categoria sociológica é uma invenção do século XX". Num outro texto, o crítico de música, escritor e cineasta inglês Jon Savage, autor de "Teenage: The Creation Of Youth Culture", escreve sobre "A Era da Adolescência" e sublinha: "Os filhos do pós-guerra geralmente pensam que inventaram tudo, mas todos os elementos do que hoje consideramos ser uma cultura da juventude já existiam na cultura 'swing'" dos anos 30. Mais dois textos a merecer especial atenção nesta edição da Electra - "Esplendor na Relva", de Daniel Jones, que partindo de exemplos cinematográficos reflecte sobre a sua experiência de lidar com jovens em idade escolar, e "Pasolini e a possibilidade de exceder o poder", em que Vinicius Nicastro Honesko analisa a relação entre Pasolini e os jovens estudantes das revoltas de 1968, apontando para a diferença entre o intelectual clássico e os estudantes que então marcaram essa época.
Imagens da natureza numa galeria
Passada a euforia do ARCO e de todas as manifestações paralelas, regressemos ao que de bom existe nas galerias lisboetas. Há uma exposição, inaugurada há duas semanas, que merece toda a atenção: "Cascata", que assinala a estreia de Paulo Brighenti na Galeria Belo-Galsterer (Rua Castilho 71 R/C Esq.) e que ali pode ser visitada até 27 de Julho. Esta "Cascata" representa uma evolução em relação às exposições anteriores de Brighenti, um artista que está representado em algumas importantes colecções privadas e institucionais. Mais uma vez Brighenti ultrapassa o universo mais habitual da pintura e do desenho, mas sem o abandonar, e mostra algum do seu trabalho em escultura, desde delicadas peças até outras de maiores dimensões, todas com alguma relação com a natureza e com a presença humana - como, aliás, as pinturas que também integram esta exposição, em suportes que vão do papel ao linho. No texto de apresentação da exposição, Miguel Mesquita sublinha: "Partindo desta analogia da transformação de plano para volume, podendo considerar-se de superfície para objecto, Paulo Brighenti tem recentemente desenvolvido, de forma discreta mas intensa, um campo de experimentação sobre a relação entre pintura e escultura."
Milagres do regime
Hortense Martins, líder do PS no distrito de Castelo Branco e mulher do atual presidente da câmara local, conseguiu em 2010 um subsídio de 171 mil euros para a construção de um projecto familiar turístico que já estava em funcionamento há 24 meses e, em 2013, obteve mais 105 mil euros para uma unidade de turismo em espaço rural, que também já estava a funcionar à data da aprovação da respectiva candidatura.
A cantora de jazz
Nalguns momentos, a música de Norah Jones esteve associada a pano de fundo sonoro para jantares românticos e, em determinado ponto da carreira, a sua originalidade como intérprete de jazz esbateu-se. É no entanto injusto considerá-la apenas como uma voz delicodoce, e este seu novo disco vem mostrar um outro lado, de estilos diversificados. Na realidade, não se trata de um álbum de originais mas de uma colectânea de singles que Norah Jones lançou ao longo dos últimos dois anos, canções gravadas com a colaboração de nomes como Jeff Tweedy dos Wilco, Thomas Bartlett (que colabora regularmente com St. Vincent) ou Billie Joe Armstrong, dos Green Day. O leque é, portanto, diversificado e longe de fórmulas tradicionais, ao mesmo tempo que, por exemplo em "It Was You", retoma a vocalização intimista que a caracteriza, e onde voz, teclado, metais e secção rítmica criam um ambiente musical especial. Os melhores momentos são quando ela sai da rima, por exemplo ao ser arrastada por Billie Joe Armstrong para a country em "A Song With No Name", na faixa final, "Just a Little Bit", onde se solta do seu estilo mais conhecido e, sobretudo, na canção que dá título a esta colectânea, "Begin Again", forte e afirmativa, com um arranjo musical inesperado que combina violinos, piano e guitarra eléctrica. CD Blue Note já disponível em Portugal e no Spotify.
Os caracóis do pomar
Apesar de a Primavera estar hesitante, a época dos caracóis já começou. Um dos locais incontornáveis para os apreciadores do petisco é o Pomar de Alvalade, na Rua Marquesa de Alorna 21. Criado pelo pai de Paulo Bento, o local está recheado de referências ao futebol. A lista inclui uma série de pratos tradicionais, das pataniscas aos secretos, mas o que atrai muita gente a este local ao fim da tarde é a petisquice dos caracóis. Têm fama (e na minha opinião) proveito de serem dos melhores de Lisboa - um tempero certo. A imperial é bem tirada e surge rapidamente na mesa quando o copo anterior se esvazia. Para rematar, há quem peça um prego ou uma bifana no pão - eu acho que esta última é a opção mais acertada. Serviço simpático, casa sempre cheia, o Pomar de Alvalade é um daqueles pequenos restaurantes populares de bairro em que o conceito principal é a qualidade.
A política é um conjunto de interesses mascarados como defesa de princípios.
Ambrose Bierce
Um voto nulo
Esta semana, vi um tempo de antena do PS em que um actor deambula num monólogo mal escrito, que no final é comentado numa simulação de mesa redonda protagonizada pelo candidato Pedro Marques. Trata-se de um exemplo de manipulação completa a meio de uma campanha eleitoral, e nada do tempo de antena tem a menor relação com o sentido das eleições deste fim-de-semana e muito pouco cola com a realidade objectiva e a história recente. É uma espécie de fake news, publicidade enganosa por junto. Estamos num paradoxo: Domingo há eleições, mas na campanha eleitoral não se debateu o que está a votos: o Parlamento Europeu e o seu papel na União Europeia. Apresentadas pelo Governo e pela oposição como um referendo ao exercício do poder por António Costa, estas eleições são, no fundo, um retrato da disfunção da própria UE. Recordo aqui o que António Barreto acertadamente disse sobre este assunto: "Alguém sensato acredita que um Parlamento com 750 deputados, vindos de 28 países e falando 24 línguas oficiais seja capaz de defender os direitos dos cidadãos?" Na realidade, esta é a questão que não foi discutida e que toda a gente quer evitar. Olho para o que se passou na campanha eleitoral e fico enjoado com o fraseado dos cinco maiores partidos e nos novos partidos não me revejo - até porque eles próprios posicionaram-se submissos face ao sistema vigente do exercício de poder na União Europeia. O voto útil é uma coisa que cada vez me agrada menos - é um ritual de conformismo, é aceitar que não se pode fazer nada. A abstenção, já se sabe, deve atingir níveis históricos e não tenciono alimentá-la. Mas tenciono votar nulo, com um risco a toda a largura do boletim do voto, uma expressão do meu desagrado. Este é, nesta altura, o único voto que para mim faz sentido - e tenho pena que os votos brancos e nulos sejam contabilizados em conjunto, e não separados, na nossa caduca lei eleitoral, ela própria incentivadora desta redoma de imobilidade do sistema.
• O Ministério da Educação revelou que, desde o início do ano lectivo, já recebeu 600 reclamações contra refeições servidas em refeitórios escolares concessionados • as doenças sexualmente transmitidas estão a aumentar e os casos de gonorreia subiram 48% no ano passado • uma advogada candidata a juíza foi acusada por tráfico de droga, apanhada em flagrante à entrada de um estabelecimento prisional • em 23% dos concelhos portugueses há mais reformados do que trabalhadores • mais de 40% das famílias têm um rendimento anual inferior a dez mil euros • a OCDE reviu em baixa a estimativa para o PIB para 1,8% (abaixo dos 2,1% que antecipava) e agravou a previsão do défice para 0,5% (contra 0,2% previstos em novembro) • nos primeiros três meses do ano, os cinco principais bancos do sistema tiveram em conjunto um lucro de 373 milhões de euros, o equivalente a 4,1 milhões de euros por dia • o Novo Banco registou prejuízos de 93 milhões de euros, o único dos cinco com contas no vermelho • os bancos concederam, em Março, 617 milhões de euros aos consumidores só para o crédito ao consumo, dos quais 238 milhões foram destinados ao crédito automóvel • em 2018, o regulador da saúde aplicou 487 multas, o dobro das aplicadas em 2017 • as telecomunicações ocupam o primeiro lugar há mais de 12 anos no ranking das reclamações que chegam à DECO • num relatório sobre um descarrilamento, a Infraestruturas de Portugal afirmou não ter meios para fazer melhor manutenção das linhas ferroviárias.
Dixit
"A União Europeia é um daqueles temas em que mais vale não tocar muito."
Luciano Amaral
a propósito das eleições para o Parlamento Europeu.
Leituras juvenis
Já vai no número cinco a Electra, criada pela Fundação EDP como uma "revista de pensamento, arte, literatura, ciência e crítica cultural" - um caso único no actual panorama editorial português, dirigida por José Manuel dos Santos. Um dos pontos altos desta edição é um ensaio sobre Marcel Proust, no qual Michel Erman fala da relação de Proust com o dinheiro e do que ele representou na sua obra e na sua vida. "Da herança que recebeu dos pais ao uso que fez dela para afirmação literária, da comédia mundana a meio facilitador de relações amorosas e sexuais, o dinheiro foi para Proust um instrumento de compreensão do mundo e do lugar de cada um, nele." Mas o prato forte desta edição é o especial "Jovens Para Sempre", dedicado aos ideais da juventude, apresentados "como um dos motores da história social, cultural e política" recente. Cuidadosamente paginado e ilustrado, este especial destaca, num texto de António Guerreiro, que "a juventude como categoria sociológica é uma invenção do século XX". Num outro texto, o crítico de música, escritor e cineasta inglês Jon Savage, autor de "Teenage: The Creation Of Youth Culture", escreve sobre "A Era da Adolescência" e sublinha: "Os filhos do pós-guerra geralmente pensam que inventaram tudo, mas todos os elementos do que hoje consideramos ser uma cultura da juventude já existiam na cultura 'swing'" dos anos 30. Mais dois textos a merecer especial atenção nesta edição da Electra - "Esplendor na Relva", de Daniel Jones, que partindo de exemplos cinematográficos reflecte sobre a sua experiência de lidar com jovens em idade escolar, e "Pasolini e a possibilidade de exceder o poder", em que Vinicius Nicastro Honesko analisa a relação entre Pasolini e os jovens estudantes das revoltas de 1968, apontando para a diferença entre o intelectual clássico e os estudantes que então marcaram essa época.
Imagens da natureza numa galeria
Passada a euforia do ARCO e de todas as manifestações paralelas, regressemos ao que de bom existe nas galerias lisboetas. Há uma exposição, inaugurada há duas semanas, que merece toda a atenção: "Cascata", que assinala a estreia de Paulo Brighenti na Galeria Belo-Galsterer (Rua Castilho 71 R/C Esq.) e que ali pode ser visitada até 27 de Julho. Esta "Cascata" representa uma evolução em relação às exposições anteriores de Brighenti, um artista que está representado em algumas importantes colecções privadas e institucionais. Mais uma vez Brighenti ultrapassa o universo mais habitual da pintura e do desenho, mas sem o abandonar, e mostra algum do seu trabalho em escultura, desde delicadas peças até outras de maiores dimensões, todas com alguma relação com a natureza e com a presença humana - como, aliás, as pinturas que também integram esta exposição, em suportes que vão do papel ao linho. No texto de apresentação da exposição, Miguel Mesquita sublinha: "Partindo desta analogia da transformação de plano para volume, podendo considerar-se de superfície para objecto, Paulo Brighenti tem recentemente desenvolvido, de forma discreta mas intensa, um campo de experimentação sobre a relação entre pintura e escultura."
Milagres do regime
Hortense Martins, líder do PS no distrito de Castelo Branco e mulher do atual presidente da câmara local, conseguiu em 2010 um subsídio de 171 mil euros para a construção de um projecto familiar turístico que já estava em funcionamento há 24 meses e, em 2013, obteve mais 105 mil euros para uma unidade de turismo em espaço rural, que também já estava a funcionar à data da aprovação da respectiva candidatura.
A cantora de jazz
Nalguns momentos, a música de Norah Jones esteve associada a pano de fundo sonoro para jantares românticos e, em determinado ponto da carreira, a sua originalidade como intérprete de jazz esbateu-se. É no entanto injusto considerá-la apenas como uma voz delicodoce, e este seu novo disco vem mostrar um outro lado, de estilos diversificados. Na realidade, não se trata de um álbum de originais mas de uma colectânea de singles que Norah Jones lançou ao longo dos últimos dois anos, canções gravadas com a colaboração de nomes como Jeff Tweedy dos Wilco, Thomas Bartlett (que colabora regularmente com St. Vincent) ou Billie Joe Armstrong, dos Green Day. O leque é, portanto, diversificado e longe de fórmulas tradicionais, ao mesmo tempo que, por exemplo em "It Was You", retoma a vocalização intimista que a caracteriza, e onde voz, teclado, metais e secção rítmica criam um ambiente musical especial. Os melhores momentos são quando ela sai da rima, por exemplo ao ser arrastada por Billie Joe Armstrong para a country em "A Song With No Name", na faixa final, "Just a Little Bit", onde se solta do seu estilo mais conhecido e, sobretudo, na canção que dá título a esta colectânea, "Begin Again", forte e afirmativa, com um arranjo musical inesperado que combina violinos, piano e guitarra eléctrica. CD Blue Note já disponível em Portugal e no Spotify.
Os caracóis do pomar
Apesar de a Primavera estar hesitante, a época dos caracóis já começou. Um dos locais incontornáveis para os apreciadores do petisco é o Pomar de Alvalade, na Rua Marquesa de Alorna 21. Criado pelo pai de Paulo Bento, o local está recheado de referências ao futebol. A lista inclui uma série de pratos tradicionais, das pataniscas aos secretos, mas o que atrai muita gente a este local ao fim da tarde é a petisquice dos caracóis. Têm fama (e na minha opinião) proveito de serem dos melhores de Lisboa - um tempero certo. A imperial é bem tirada e surge rapidamente na mesa quando o copo anterior se esvazia. Para rematar, há quem peça um prego ou uma bifana no pão - eu acho que esta última é a opção mais acertada. Serviço simpático, casa sempre cheia, o Pomar de Alvalade é um daqueles pequenos restaurantes populares de bairro em que o conceito principal é a qualidade.
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