Opinião
O papel de embrulho comercial
Há alguns anos, Manuela Moura Guedes entrevistou um vigarista profissional. Vendia casas que não eram suas por metade ou mesmo um terço do que valiam, é o que de memória se consegue aqui recordar. Como foi capaz de fazer isso? Não se sentia culpado? Envergonhado? "Nunca enganei ninguém que não me quisesse enganar a mim. Quem comprava também não me estava a querer enganar?" A resposta estava dada.
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Vem esta história a propósito do caso do papel comercial de empresas do GES que foram subscritas quer por clientes institucionais como por pequenos investidores, eternos analfabetos financeiros. A repetirem os mesmos erros do BPP. A engolirem as mesmas histórias de tipo Dona Branca.
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