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Associações juvenis de base local - espaços de participação jovem e intergeracionalidade 

As associações juvenis são espaços privilegiados para realizar o potencial empreendedor que qualquer jovem tem e que pode colocar ao serviço da sua comunidade.

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As associações juvenis, de base local, são verdadeiras escolas de cidadania construídas por jovens, que promovem espaços de efetiva participação cívica para jovens, onde a democracia participativa se exerce porque todos e todas têm voz e vez; são espaços de liberdade, onde o coletivo de forma igualitária e solidária decide o que fazer, como fazer e quando fazer; são espaços onde jovens com menos oportunidades e mais desfavorecidos/as podem desenvolver competências sociais e pessoais, para serem mais capazes e empoderados/as nesta nova sociedade que está a nascer. Têm uma forte dimensão social ao permitirem a integração de jovens muitas vezes isolados/as e marginalizados/as, diferenciando-se assim de movimentos associativos de elite em que só jovens com percursos favorecidos conseguem entrar e manter-se.

 

Estas associações são escolas de saberes (saber ser, saber fazer, saber estar, saber saber), onde a partilha e a troca de conhecimentos e experiências entre gerações permitem encontrar novas soluções para velhos problemas; são laboratórios de inovação social, espaços de experimentação de ideias e concretização de sonhos com segurança e sem medo, onde o erro é valorizado como aprendizagem. As associações juvenis são espaços privilegiados para realizar o potencial empreendedor que qualquer jovem tem e que pode colocar ao serviço da sua comunidade; onde o voluntariado é visto como forma de crescer enquanto pessoa. Por outro lado, são escolas de desenvolvimento local, como processo de melhoria contínua das condições de vida das populações, mobilizando-as de forma inclusiva, contribuindo para o fortalecimento da economia local, a proteção do meio ambiente e o uso racional dos recursos naturais, e fixando as populações nos seus territórios, constituindo um eixo importantíssimo para uma forte política de coesão territorial. Uma associação juvenil é, em muitos casos, o único meio que os/as jovens têm de acesso à cultura, ao desporto, à ocupação de tempos livres de forma salutar, à informação, à formação, à mobilidade, ao emprego.

 

No atual quadro legal, são associações juvenis as associações constituídas por mais de 75% de associados/as com idade igual ou inferior a 30 anos, em que o órgão executivo é constituído por 75% de jovens com idade igual ou inferior a 30 anos. É este coletivo, do qual 75% são jovens, que tem poder e capacidade para decidir quem deve presidir ao seu destino associativo. E escolher alguém com mais de 30 anos pode ser a opção radical e inovadora para manter vivo o local, dar esperança a quem lá nasceu, quer lá ficar e quer para lá voltar.

 

A dinâmica associativa jovem que se verifica no nosso país (a participação jovem cresceu 30% nos últimos 10 anos - dados PORDATA), tendo em conta o índice de envelhecimento da população (148,7% no ano de 2016 - dados PORDATA), mostra bem a importância que a juventude tem nos territórios menos povoados ou mais fragilizados social ou economicamente e como a intergeracionalidade deve ser potenciada para conforto e segurança das populações.

O local (cidades e aldeias) precisa de jovens que não partam, que queiram fazer parte do seu crescimento, que queiram inovar socialmente numa lógica de emancipação, da base para o topo.

 

A juventude precisa de locais que ofereçam um lugar para viver, para trabalhar, com qualidade de vida, com afetos, com sonhos, com liberdade.

 

Confederação andaluza do setor cooperativo e social

 

No passado dia 3 de julho, foi apresentada, em Sevilha, a confederação AndaluciaEScoop, uma plataforma cooperativa promovida por FAECTA e Cooperativas Agro-alimentarias de Andalucia, que aposta na intercooperação e união de vontades para enfrentar os novos desafios do cooperativismo. Segundo os promotores, a confederação empresarial AndaluciaEScoop é uma organização plural e aberta, que promove um modelo económico centrado nas pessoas, no território e no emprego digno e de qualidade, constituindo-se como voz representativa de todas as entidades da economia cooperativa e social de Andaluzia.

 

A economia social e solidária e a formação profissional

 

Decorre amanhã, dia 13 de julho, na cidade do Porto, na sede da Associação Nacional de Jovens Empresários, o seminário internacional "A economia social e solidária e a formação profissional inicial", organizado pela Agência Piaget para o Desenvolvimento.

 

Esta iniciativa pretende refletir sobre quatro áreas temáticas: a economia social e solidária e os objetivos de desenvolvimento sustentável; os valores e os princípios da economia social e solidária na educação; a inovação curricular e o programa de autonomia e flexibilidade curricular e a economia social e solidária na Europa. A entrada é livre.

 

Dirigente Associativa Juvenil com mais de 30 anos

 

Artigo em conformidade com o novo Acordo Ortográfico
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