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12 de Novembro de 2018 às 20:40

Qual é de facto o impacto empresarial do Web Summit?

Do universo das empresas que conseguiram atrair capital em 2016 e em 2017, o que aconteceu desde então? Tiveram sucesso, ou seja, qual foi a evolução dos negócios

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Nestes dias de novembro, Lisboa apresenta um movimento que começa a ser usual nesta época do ano e devido ao evento Web Summit.

 

Esta feira internacional de inovação tecnológica e empresarial atrai nesta altura, desde 2016, à capital portuguesa, várias dezenas de milhares de estrangeiros e nacionais, cujo efeito imediato e certo é a ocupação hoteleira e restauração em níveis pouco habituais no outono/inverno.

 

O Governo e a Câmara Municipal de Lisboa esforçam-se para que o evento seja um sucesso, pois isso também contribui para o próprio sucesso político pessoal.

 

Dado que o custo de presença é elevado para a dimensão média das empresas start-up nacionais, o Governo tem apoiado as mesmas: 67 empresas em 2016, 150 em 2017 e 200 em 2018. O custo de presença situa-se em cerca de 400 euros por empresa, segundo dados conhecidos.

 

São convidadas pessoas ilustres do mundo tecnológico, e não só, a virem dar palestras e participar em conversas sobre variados temas.

 

As empresas têm oportunidade de mostrar os seus produtos e tentar captar as atenções de investidores nacionais e sobretudo internacionais.

 

Alguns investidores nacionais divulgam que têm fundos para apoiar empresas e projetos desde que existam e sejam bons.

 

Portanto, estão reunidos todos os ingredientes para o sucesso do evento, que vai permanecer em Portugal durante vários anos.

 

Contudo, para termos uma visão clara sobre o impacto global do Web Summit em termos de negócios empresariais, seria muito positivo que num futuro próximo, a organização divulgasse alguma informação considerada útil:

 

- Nos três eventos, 2016, 2017 e 2018, qual foi o capital angariado pelas empresas start-up presentes?

 

- Nos mesmos eventos, qual foi o capital angariado por empresas start-up portuguesas?

 

- Das empresas totais e portuguesas que conseguiram angariar/atrair investidores, qual foi a distribuição setorial em termos da sua atividade?

 

- Qual foi o valor aplicado por investidores nacionais em empresas start-up nacionais e internacionais?

 

- Do universo das empresas que conseguiram atrair capital em 2016 e em 2017, o que aconteceu desde então? Tiveram sucesso, ou seja, qual foi a evolução dos negócios, número de clientes, mercados de destino das vendas, número de novos postos de trabalho, evolução do cash-flow gerado, entre outros aspetos?

 

Das edições do Web Summit de 2016 e 2017, muito pouca informação temos a este respeito. Mesmo navegando pela internet, tentando pesquisar esse tipo de informação, há muita dificuldade em conseguir números.

 

Penso que a organização deveria coletar e prestar essa informação, para termos uma real ideia do impacto total do evento em termos empresarias e não apenas em termos turísticos (aumento das dormidas e das comidas).

 

Numa altura em que o investimento é a variável prioritária para Portugal e tendo nós a oportunidade desta montra para mostrarmos ao mundo o que valemos, seria muito importante termos a ideia do verdadeiro impacto e da importância do evento no relançamento da economia e no lançamento e crescimento de novas empresas portuguesas.

 

Fica aqui registado o pedido à organização do Web Summit.

 

Economista

 

Artigo em conformidade com o novo Acordo Ortográfico

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