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A falta de vergonha do zelote de Sócrates  

Arons de Carvalho mantém a mesma falta de vergonha que o levou a ser um zelote de Sócrates na censura contra quem noticiava os sinais de riqueza incompatíveis com os rendimentos declarados do antigo governante.

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(Este artigo foi alvo de um direito de resposta cuja sua publicação foi efectuada por deliberação do Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social e que poderá aceder aqui)


Arons de Carvalho tem um percurso sinistro nos anos do socratismo. Este político de carreira, que também foi professor de Jornalismo, foi um aliado de Sócrates na tentativa de censura ao Correio da Manhã, o jornal que investiga desde a primeira hora os sinais de riqueza inexplicados do antigo governante. Escutas já publicadas no âmbito da investigação da Operação Marquês revelam conversas em que Arons, membro da entidade reguladora da Comunicação Social, era pressionado por Sócrates para punir o jornal. E Arons, qual fiel seguidor, liderou ataques ao jornal. Mesmo depois de o país conhecer o teor dessas escutas nada aconteceu. Arons escapou ao crivo da justiça e inacreditavelmente, manchando o normal funcionamento das instituições democráticas, manteve o seu cargo na entidade reguladora, assanhado contra o CM, sem um reparo de nenhuma das instituições a quem cabe zelar pelo normal funcionamento da democracia, desde o Parlamento à Presidência da República.

 

Tão pouco relevo se deu a este vergonhoso cadastro que Arons passou por este escândalo sem mácula, sendo agora um dos autores da moção do líder do PS e primeiro-ministro ao próximo congresso do partido.

 

Mas este zelote de Sócrates deu uma entrevista, publicada sexta-feira passada no jornal i, que chocou muitos cidadãos. Falando da estranha relação financeira entre o antigo primeiro-ministro e o seu amigo Santos Silva, que passou mais de 20 milhões a Sócrates, cobrando uma taxa de serviço da ordem dos 10 por cento, Arons disse uma frase lapidar. "Não acho que seja reprovável uma pessoa viver com dinheiro emprestado de outra."

 

Arons não estava a falar de qualquer cidadão que precisava de ajuda e de um generoso amigo, Arons estava a falar de transferências astronómicas para a realidade portuguesa a um antigo governante. Um cidadão com um curso de bacharel que antes da política ganhava um modesto salário na Câmara da Covilhã, acrescido de uns biscates como desenhador de casas que agora devem ser património kitsch do concelho da Guarda e que na sua actividade política nunca ganhou fortunas, passou a ter um nível de vida digno de um plutocrata latino-americano. Esta corrupção é paga pelos contribuintes e por uma economia menos eficiente.

 

No meio desta amoralidade revelada por Arons, veio Carlos César, presidente do PS, salvar a honra do convento ao declarar que o partido se sente envergonhado com os casos de Pinho e Sócrates. Mas César foi oportunista. Enquanto se fala de Pinho e Sócrates, pecados do próprio César. 

 

Saldo positivo: crescimento robusto 

 

 As previsões de Primavera da Comissão Europeia apontam para um crescimento robusto da economia portuguesa. Em três meses, a Comissão Europeia reviu em ligeira alta a projecção de crescimento para a economia nacional. Bruxelas segue a expectativa do Governo português e prevê um aumento de 2,3% do PIB. Apesar de tudo está mais pessimista na evolução do défice, mas o tempo da economia portuguesa continua a ser de relativas vacas gordas, o que é uma novidade neste século.   

 

Saldo negativo: corte de fundos da EU

 

Bruxelas vai cortar a torneira dos fundos comunitários, quer no fundo de coesão, quer na política agrícola comum (PAC). Há a esperança de Portugal escapar aos cortes da PAC, mas é inevitável que haja uma redução dos milhões dos fundos estruturais. Portugal está contra a proposta, mas no final das negociações dificilmente escapará a uma redução do envelope financeiro. Fundamental neste cenário é que todo o dinheiro seja bem aplicado, porque se poupar nos desperdícios talvez a economia não sofra com os cortes.  

 

Algo completamente diferente: Miguel Maia, campeão nacional aos 47 anos

 

O voleibol está longe de ser uma modalidade desportiva muito mediática, apesar de em algumas localidades, como Espinho, Esmoriz ou Matosinhos, ser um desporto popular. E é de Espinho o jogador que fez história esta semana. Miguel Maia conquistou mais um título nacional. No seu regresso ao Sporting voltou a ser campeão nacional, um feito para um jogador com 47 anos. Já na época passada ao serviço do Sp. Espinho tinha conquistado a Taça de Portugal. Um percurso exemplar de um atleta, que juntamente com João Brenha, esteve perto de uma medalha olímpica, há 18 anos. 

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