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14 de Dezembro de 2014 às 20:06

Filogestão da atualidade…

Imagine que estamos em 2013 e temos como factos que um grupo financeiro tem uma marca altamente distinguida, tal como "Best M&A House in Portugal", pela revista EMEA Finance, "Best Investment Bank in Portugal", pela revista Euromoney, "Best Investment Bank in Portugal", pela revista Global Finance, "Best Investment Bank in Debt Capital Markets in Portugal", pela revista Euromoney.

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Além destas distinções institucionais a pessoa que esta à frente desta marca recebe pela revista World Finance  o título de "Banqueiro Europeu do Ano em 2013". Além destas distinções internacionais, a mesma instituição tem outra marca  em que um estudo realizado em 2013 pela Associação Portuguesa para a Qualidade, pelo Instituto Português da Qualidade e ainda pelo Instituto Superior de Estatística e Gestão da Informação da Universidade Nova de Lisboa distingue de forma absoluta como líder na satisfação dos seus clientes a nível global bem como nas várias dimensões estudadas, tais como "qualidade global dos produtos e serviços; atendimento, preocupação e capacidade de aconselhamento; rapidez na resposta a pedidos; qualidade das agências e dos canais não presenciais; inovação; comunicação e ainda a relação qualidade/preço".

 

Ainda no mesmo ano de 2013 uma marca colossal de telemóveis finlandesa acumulou o seu décimo terceiro ano consecutivo como marca de confiança, esta distinção foi atribuída pelas Seleções Reader's Digest.

 

Em 2014, a realidade ditou que o grupo financeiro português seja extinto e que a marca de telemóveis que durante anos fez furor seja descontinuada.

 

Após estes factos lembro-me da alegoria da caverna de Platão em que dois prisioneiros se encontravam num fundo de uma caverna e que apenas viam sombras através da luz refletida na entrada da mesma. As sombras eram a realidade para aqueles homens. Um dia, um dos homens soltou-se e após um grande encadeamento, conseguiu ver a realidade fora da gruta e ficou surpreendido. Isto afinal é que é a realidade!

 

Neste contexto, e para o Professor Urbano Sidoncha, "a experiência sensível, por ser 'enganadora', foi, pois, sendo paulatina e eficazmente negligenciada. Bastaria evocar a célebre alegoria da caverna de Platão, que expõe à sociedade como a sensibilidade sucessivamente nos engana, limitando-se a projetar umas sombras titubeantes e indeterminadas da realidade verdadeira, mas inteiramente desconhecida pelos sentidos."

 

Sendo a boa informação um diamante para as boas decisões de gestão, seria importante refletirmos o quanto a realidade aparente nos engana no nosso dia a dia dos negócios…

 

Gestor e Professor Universitário

 

Este artigo está em conformidade com o novo Acordo Ortográfico.

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