No ano passado a Paysa empresa que habitualmente compara as características de grandes empregadores, publicou uma listagem em que anunciava o tempo médio que um trabalhador permanecia numa determinada empresa.

A média de permanência em empresas de sonho para qualquer jovem, tais como Google, Apple, Amazon, Microsoft, Twitter aparecem com uma média surpreendente de permanência inferior a dois anos. Estranho?

Há um novo paradigma laboral instalado, já poucos procuram a estabilidade de um emprego para toda a vida.

Hoje os jovens procuram mais experiências e menos carreiras estruturadas, neste sentido algumas empresas para determinados cargos abandonaram a exclusividade dos seus funcionários e assim têm um pré acordo com outras empresas para partilhar o recurso e assim proporcionar uma verdadeira carreira de experiencias profissionais.

Outras há que desenham em conjunto "o ciclo de vida laboral" do colaborador, estruturando à partida as condições de saída programada para uma empresa parceria deixando sempre uma porta em aberto para o seu regresso.

A tendência será carreiras multifacetadas e hibridas onde a lógica será o eterno repúdio por tudo o que for monótono e rotineiro, esta será a génese do crescimento acelerado da robotização em muitas profissões monótonas.

A tendência será cada pessoa ter uma "blended career", desenhada e combinada com um conjunto de variáveis e fatores que determinem a sua felicidade e os seus objetivos.

O grande paradoxo é que neste momento temos todo um enquadramento legal e sindical que fundamenta a sua existência na segurança e proteção de um emprego para toda a vida, esquecendo o mais essencial que é a vontade e a realização da pessoa.

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