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03 de Outubro de 2018 às 23:19

A familia Rock in Rio

No Rock in Rio não existem categorias profissionais estanques, todos ajudam onde é mais necessário, até porque as vitórias e as derrotas são sempre divididas nesta família.

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Cada empresa tem as suas vicissitudes, no entanto, é quando vivemos o dia a dia das organizações que sentimos a sua real natureza. Há alguns anos que tenho colaborado de perto com o Rock in Rio e cada vez mais fico surpreendido pela sua cultura empresarial.

No Rock in Rio não existe uma equipa de projeto ou de trabalho, existe muito mais, existe uma verdadeira família.

 

O Rock in Rio, e conforme menciona o seu fundador, "não começou com um business plan, mas sim com um sonho", tal como numa família o patriarca sonha e a família nasce.

 

E quando se pergunta o que mantém esta família unida, Roberto Medina é muito explícito, "é o propósito que é fundamental para a união", mas não é apenas por ter propósito, pois a maioria das empresas tem um propósito definido, a grande questão é se a equipa sente que é um "propósito autêntico" ou não.

 

Outro mandamento promovido pela família Rock in Rio é o "fazer o bem". Todos na organização acreditam que "fazer o bem" dá lucro, nem que seja um lucro emocional para todos os "stakeholders" envolvidos. O Rock in Rio é um projeto transcendental a nível comercial, aliás não é o lucro que motiva os colaboradores, mas sim o "fazer o bem" e o "entregar acima das expetativas" e que consequentemente atrai o lucro aos "stakeholders" envolvidos.

 

Cientes de que o contexto promove um ambiente apaixonante, a família Rock in Rio é composta por uma equipa transversal que cumpre o desígnio do respeito pelo outro.

 

E quando surge um problema? Primeiro não existem problemas para esta família, mas sim desafios, e aí os desafios são de todos, no Rock in Rio não existem categorias profissionais estanques, todos ajudam onde é mais necessário, até porque as vitórias e as derrotas são sempre divididas nesta família. Outra particularidade é que a palavra impossível é proibida, há sempre um foco na solução e não no problema e uma das regras basilares é não aceitar o estabelecido.

 

E como se mantém esta família unida? Para Roberto Medina as regras são iguais às famílias biológicas:

 

- Propósito comum e devidamente partilhado;

 

- A relação entre os membros não deve ser estável, mas sim dinâmica e em prol de um futuro melhor;

 

- Definição de objetivos amplos, mas detalhados, aliás o detalhe em tudo marca a diferença;

 

- Postura positiva e proativa;

 

- Respeito mútuo constante;

 

- Os líderes das equipas deverão exercer a autoridade, mas nunca deixarem de serem humildes;

 

- Todos devem estar comprometidos;

 

- O sonho e a inquietude devem fazer parte do dia a dia de todos.

 

Roberto é o grande desestabilizador positivo da família, sabe bem que todos os dias deveremos ser e fazer coisas diferentes, assume-se como o guardião da cultura e não tem medo de errar… Uma das grandes fontes de inspiração é a equipa sentir que se promove a mudança constante sem medos…

 

Esta família é tão sexy que infelizmente não consegue acolher os milhares que todos os anos se candidatam para lhes pertencer… Fica apenas uma dica "Não há impossíveis" e se todas as empresas fossem como esta família, certamente viveríamos todos num " Mundo Melhor".

 

Empresário

 

Artigo em conformidade com o novo Acordo Ortográfico

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