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O que diz Catarina Martins dos seus adversários políticos

Desafia-se Catarina Martins: defina, numa frase, os seus principais rivais políticos. "Não gosto dessa ideia de rivais", contrapõe. Assim seja. Em vez de rivais, adversários políticos.

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Passos Coelho, é o primeiro da lista. A porta-voz do Bloco de Esquerda é dura com o actual chefe do Governo.

"Não conheço ninguém que seja tão capaz de olhar para uma garrafa de plástico e diga 'aqui está uma peça de porcelana'. É uma qualidade pessoal particular. Acho que não ajuda muito o país". "É um homem capaz de dizer com o ar mais seguro do mundo uma coisa qualquer inexistente."

Paulo Portas. A porta-voz nacional do Bloco de Esquerda reconhece os dons oratórios de Paulo Portas, mas sublinha que o CDS/PP tem uma prática política que entra em contradição com as promessas feitas ao eleitorado. Por exemplo, "do partido dos pensionistas passou para o Governo que mais cortou nas pensões".

"É provavelmente um dos melhores oradores políticos que temos no país. É um prazer ouvir os seus discursos. É extraordinariamente perigoso por isso mesmo."

António Costa. Porque é que o programa do PS é uma desilusão? "É um programa que assume que em Portugal o problema do emprego é a rigidez laboral e portanto que é preciso liberalizar os despedimentos. Para toda a esperança que existia na Esquerda isto é uma profunda desilusão", responde Catarina Martins.

"É alguém em que muita gente depositou muitas esperanças e que depois acabou por apresentar um programa político que é, em boa medida, uma desilusão para quem à esquerda teve muitas esperanças."

Jerónimo de Sousa. Catarina Martins diz que existem "combates" que o Bloco de Esquerda e o PCP podem fazer juntos, mas marca uma diferença clara entre os dois partidos. "Não me esqueço das posições que o PCP teve sobre as mais variadas matérias, incluindo a violência doméstica, em que havia uma certa coisa de classe. Só quando se resolvesse o problema dos trabalhadores não serem humilhados pelos patrões é que se podia perseguir os homens que batem nas mulheres. Eu sei quais são os debates, sei bem quais são as diferenças. Como os direitos LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgéneros]. Como em tantas outras questões".

"É o operário que já estava no Parlamento antes de entrar para a escola.  Mas isso tem algo de interessante. O haver uma classe proletária que pode reconhecer uma voz sua no Parlamento."

Rui Tavares saiu do Bloco de Esquerda em 2011 e abandonou o lugar de deputado no Parlamento Europeu, acusando o então coordenador do partido, Francisco Louçã, de promover uma "caça ao independente" e de ser incapaz de lidar com opiniões contrárias. Em 2013 criou o partido LIVRE. "Não expulsámos ninguém, conversamos sempre com toda a gente. Agora cabe-lhe a ele explicar-se", riposta Catarina Martins.

"O Rui Tavares foi eleito por uma lista do Bloco de Esquerda. Decidiu sair, decidiu formar um partido. Ele é que tem de explicar ao país, às pessoas que o queiram ouvir porque é que o fez e o que é que traz de novo." 

 

 

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