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António Costa: "Não há nenhuma saída livre" para Portugal

A forma como Portugal sairá, a 17 de Maio, do programa de assistência financeira, tem marcado a actualidade. Uma saída limpa, à irlandesa, ou um programa cautelar?

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António Costa reage: "Não há nenhuma saída livre, porque todo o quadro de política orçamental europeia é altamente constrangedor para os próximos anos. Vamos sair em liberdade? Não! Vamos sair com as condicionalidades. A questão é saber se é preciso uma condicionalidade adicional sob a forma de acordo próprio ou se a condicionalidade geral já é tida como suficiente. A minha convicção é que o objectivo claro da União Europeia é chegar às próximas eleições europeias tendo decretado 'urbi et orbi' que a crise passou. Porque isso é importante para os países sob ajustamento e é muitíssimo importante nos países que não estando sob ajustamento estão sob a fortíssima pressão

 
Redacção Aberta

O Negócios convida personalidades que respondem a questões colocadas pelos jornalistas, no meio da redacção. O último convidado foi António Costa que falou de tudo. Do PS, da esquerda, da Europa e de Lisboa.

de candidaturas populistas que têm grande hipótese de afirmação eleitoral e portanto é decisivo para os partidos do Governo na Holanda poderem dizer: temos o Sul na ordem. O mesmo na Finlândia, na Alemanha e em todo o sítio."

 

As eleições europeias e a ameaça das candidaturas populistas, ligadas à extrema-direita, irão fazer o milagre, prognostica o dirigente socialista durante a Redacção Aberta do Negócios. "Sem ter nenhuma bola de cristal, eu apostaria 95% contra 5% que no dia 17 de Maio vamos ter todos a boa notícia que até na Grécia, com certeza, algo de bom se vai passar. Portanto, vamos chegar às eleições europeias com um grande consenso que felizmente tudo está ultrapassado."

 

António Costa argumenta que é preciso dar o passo seguinte e "libertar o debate político de carácter monotemático em torno das metas do programa de ajustamento, porque a aceitação deste tema único é a primeira limitação à construção de qualquer tipo de alternativa."

 

E se o PS perder as europeias, António José Seguro deve demitir-se? "Não é para mim um cenário credível o PS perder as eleições europeias", adverte.

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