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"Em 2022 e 2023 as exportações contaram entre 90 a 98% para o volume de negócios, pelo que a exportação é fulcral para a Nautiber", sublinha Rui Roque, CEO da Nautiber, empresa vencedora em 2023, da categoria Exportação + Emprego, nos Prémios Exportação e Internacionalização, uma iniciativa do Novo Banco e do Negócios, em parceria com a Iberinform Portugal.
Rui Roque afirma que os seus maiores concorrentes são os estaleiros turcos e espanhóis, "que conseguem não só preços muito competitivos, assim como presença comercial local nos mercados onde atuamos".
Este gestor considera que o sector da construção naval está numa fase positiva de trabalho. "Existe mais procura do mercado para a construção de novas embarcações do que estruturas capacitadas para dar resposta a toda essa procura, pelo que os estaleiros encontram-se cheios de trabalho". Acrescenta que, "pelo facto de não haver muitas estruturas prontas para dar resposta à procura do mercado, faz com que a concorrência entre as empresas não seja a maior".
Os números e o desafio
Os resultados de 2023, 844,4 mil euros ficaram acima dos de 2022, 132,2 mil euros devido ao elevado volume de entregas de embarcações neste último período. Por sua vez, a faturação caiu de 7,4 milhões de euros em 2022, para 6,9 milhões de euros em 2023. "As perspetivas para 2024 são otimistas, com a previsão de um ano forte, impulsionado pela entrega de quatro embarcações para exportação: duas com destino a Angola e duas para a Noruega, um novo mercado que estamos a explorar", refere Rui Roque.
Um dos principais desafios que a Nautiber enfrenta é comum a diversas empresas em Portugal, nomeadamente as do sector industrial, que é a falta de profissionais qualificados. "A escassez de mão de obra com experiência na construção naval em fibra de vidro limita o potencial de crescimento da empresa", disse Rui Roque.