- Partilhar artigo
- ...
A Nautiber constrói navios em fibra de vidro, desde embarcações de pesca, marítimo-turística, transporte de passageiros, na área da defesa, aquacultura, assim como lanchas piloto ou embarcações de investigação e barcos-casa. "Ao longo destas mais de três décadas, já construímos mais de 300 embarcações, o que nos permitiu ter contacto com diversos tipos de embarcações, que atuam em diferentes atividades marítimas ou fluviais", refere Rui Roque, CEO da Nautiber.
Em 2023, a Nautiber foi A vencedora na categoria Revelação dos Prémios Exportação e Internacionalização, iniciativa do Novo Banco e do Jornal de Negócios, em parceria com a Iberinform Portugal.
CEO da Nautiber
A construção naval representa cerca de 95% do volume de negócios, que, em 2023, foi de 6,9 milhões de euros, os restantes 5% referem-se a reparações e alterações de embarcações. No volume de construção de novas embarcações em 2023, as embarcações de pesca representaram 80%, com os restantes 20% serem distribuídos entre embarcações marítimo-turística, transporte e aquacultura. "Estas percentagens são relativas, visto que o mercado é que manda qual é o tipo de embarcações mais procurado. Atualmente encontramo-nos a efetuar um grande número de trabalhos para o setor da pesca nacional, dado o surgimento de apoios para a modernização da frota", explica Rui Roque.
A tradição dos estaleiros
A denominação Nautiber existe desde 1992, quando o engenheiro naval Rui Roque fundou a empresa, da qual é o principal gestor e acionista. Mas as suas raízes estão tanto na José de Nascimento Gomes e Filhos, estaleiro de construção e reparação naval em madeira fundado em 1957, como em 1989, o Botabaixo- Estaleiros Navais do Sul, que iniciou o ciclo de construções em poliéster reforçado a fibra de vidro. Como disse uma vez Rui Roque: "somos a consequência de uma tradição que sempre existiu em Vila Real de Santo António, no setor da construção naval. O que fizemos foi adaptar o saber de antigamente aos novos materiais".
As cinco instalações da Nautiber estão em Vila Real de Santo António, distribuídas pela Ponta de Santo António, junto à foz do rio Guadiana, pela Zona Industrial e pelo porto, que totalizam uma área de 16.500 metros quadrados. Conta com 63 trabalhadores.
Para Rui Roque, nesta história de três décadas, os principais marcos são a construção do primeiro barco "Jasmim Flor", a construção das lanchas marítimas para a Guarda Nacional Republicana, que obrigou a empresa a dar um salto a nível tecnológico e técnico, assim como o primeiro barco que construíram para Angola, sendo o seu principal mercado de exportação até hoje.
Conhecimento e experiência
Em abril de 2021, a Nautiber fez a sua primeira uma embarcação de apoio à investigação científica no mar. Chamado "Mar Profundo", o barco foi encomendado pelo INESC-TEC (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência) do Porto. Como disse Rui Roque na altura, foi "um desafio em termos tecnológicos que nos obrigou a criar competências novas e conhecimento, e poderia abrir mercado para novas construções e qualifica a mão de obra para este tipo de construções".
A empresa de construção naval diferencia-se pelo seu conhecimento técnico e experiência, "que nos dá a capacidade de personalizar cada projeto, atendendo aos critérios e necessidades mais exigentes dos clientes", sublinha Rui Roque. O que lhe permite ser "o alfaiate de barcos", porque fazem as embarcações à medida do cliente.
Indicadores da empresa
Volume de Negócios
2022 - 7,4 milhões de euros
2023 - 6,9 milhões de euros
N.º de trabalhadores - 63
Resultados líquidos
2022 - 132,2 mil euros
2023 - 844,4 mil euros