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2020 tem sido um autêntico carrossel de eventos para a Unbabel. Em janeiro de 2020 a empresa já contava com 267 trabalhadores, duplicando o número no ano anterior. Estavam divididos entre os escritórios de Lisboa, São Francisco, Pittsburgh, Nova Iorque e Singapura. As receitas anuais da empresa em 2019 foram de "mais de 10 milhões de dólares, mais do que duplicámos as receitas", assinalou Vasco Pedro, CEO da Unbabel, ao Dinheiro Vivo, que queria criar uma empresa global porque tinha a "oportunidade de resolver um problema fundamental: eliminar as barreiras de comunicação entre línguas no planeta".
Em 10 de março de 2020, a Fast Company considerava a start-up de origem portuguesa como uma das mais inovadoras do mundo. Dias depois, apesar da crise pandémica global provocada pela covid-19, Vasco Pedro garantia que "embora o impacto da situação já esteja a ser sentido na economia mundial, estamos bem capitalizados e, continuamente, a melhorar os nossos processos para sermos mais eficientes, pelo que estamos confiantes de que temos os recursos para aguentar qualquer recuo possível".
Meses antes recebera, numa ronda de investimento, 60 milhões de dólares, financiamento que foi liderado pela capital de risco americana Point72 Ventures, à qual se juntou a também americana e.ventures, a Greycroft e a portuguesa Indico Capital Partners. A Unbabel já tinha como acionistas Scale Venture Partners, Notion Capital, M12 (da Microsoft), Samsung NEXT, Caixa Capital, Faber Ventures, FundersClub e Structure Capital.
Mas em 7 de abril de 2020 anunciou o despedimento de 35% da sua força trabalho, 90 funcionários. Eram as consequências da pandemia que atingiu fortemente alguns dos principais clientes, sobretudo na área do turismo, como TAP, EasyJet, Booking.com, Trivago, embora tenham clientes no gaming, retalho, tecnologia e fintech como Facebook, Microsoft, Logitech, PayPal, EA Sports, RockStar Games, Under Armour ou Pinterest. Foi também o corolário de uma aposta no corebusiness ligado aos serviços de apoio ao cliente de empresas. Uma das justificações dadas por Vasco Pedro foi que, "dada a conjuntura atual a possibilidade de levantar dinheiro será impossível nos próximos 18 meses, pelo que infelizmente temos de tomar esta decisão".
Novos produtos
No início de setembro de 2020, a Unbabel iniciou um projeto de inteligência artificial de investigação de 2 milhões de euros em parceria com a Carnegie Mellon, o INESC-ID e o Instituto de Telecomunicações. É o projeto MAIA - Multilingual AI Agent Assistants, que promete "melhorar exponencialmente a capacidade de chats desenvolverem conversas multilingues", com cerca de 30 línguas diferentes.
A Unbabel alia a inteligência artificial (IA) com pós-edição humana à tradução automática e, em outubro passado, regressou ao lançamento de novos produtos com Unbabel Portal, um novo interface na plataforma da Unbabel que permite um controlo mais eficaz das operações de tradução dos seus clientes através de funcionalidades com o acesso a dados analíticos sobre as línguas utilizadas no apoio a clientes internacionais, visualização em tempo real da utilização de línguas, monitorização de tempos de resposta, e à qualidade das traduções.
"O chat está a tornar-se cada vez mais no meio preferencial de contacto com clientes, mas tem ainda enormes desafios para ultrapassar, nomeadamente no que diz respeito ao apoio ao cliente em diversas línguas para melhorar a sua satisfação, mantendo simultaneamente a experiência de contacto entre dois humanos" referiu André Martins, vice-presidente de AI Research da Unbabel ao jornal online Observador.
A Unbabel foi uma das vencedoras dos Prémios Exportação e Internacionalização, que é uma iniciativa do Jornal de Negócios e do Novo Banco em parceria com a Iberinform Portugal, relativo a 2019.
Em 10 de março de 2020, a Fast Company considerava a start-up de origem portuguesa como uma das mais inovadoras do mundo. Dias depois, apesar da crise pandémica global provocada pela covid-19, Vasco Pedro garantia que "embora o impacto da situação já esteja a ser sentido na economia mundial, estamos bem capitalizados e, continuamente, a melhorar os nossos processos para sermos mais eficientes, pelo que estamos confiantes de que temos os recursos para aguentar qualquer recuo possível".
Meses antes recebera, numa ronda de investimento, 60 milhões de dólares, financiamento que foi liderado pela capital de risco americana Point72 Ventures, à qual se juntou a também americana e.ventures, a Greycroft e a portuguesa Indico Capital Partners. A Unbabel já tinha como acionistas Scale Venture Partners, Notion Capital, M12 (da Microsoft), Samsung NEXT, Caixa Capital, Faber Ventures, FundersClub e Structure Capital.
Mas em 7 de abril de 2020 anunciou o despedimento de 35% da sua força trabalho, 90 funcionários. Eram as consequências da pandemia que atingiu fortemente alguns dos principais clientes, sobretudo na área do turismo, como TAP, EasyJet, Booking.com, Trivago, embora tenham clientes no gaming, retalho, tecnologia e fintech como Facebook, Microsoft, Logitech, PayPal, EA Sports, RockStar Games, Under Armour ou Pinterest. Foi também o corolário de uma aposta no corebusiness ligado aos serviços de apoio ao cliente de empresas. Uma das justificações dadas por Vasco Pedro foi que, "dada a conjuntura atual a possibilidade de levantar dinheiro será impossível nos próximos 18 meses, pelo que infelizmente temos de tomar esta decisão".
Novos produtos
No início de setembro de 2020, a Unbabel iniciou um projeto de inteligência artificial de investigação de 2 milhões de euros em parceria com a Carnegie Mellon, o INESC-ID e o Instituto de Telecomunicações. É o projeto MAIA - Multilingual AI Agent Assistants, que promete "melhorar exponencialmente a capacidade de chats desenvolverem conversas multilingues", com cerca de 30 línguas diferentes.
A Unbabel alia a inteligência artificial (IA) com pós-edição humana à tradução automática e, em outubro passado, regressou ao lançamento de novos produtos com Unbabel Portal, um novo interface na plataforma da Unbabel que permite um controlo mais eficaz das operações de tradução dos seus clientes através de funcionalidades com o acesso a dados analíticos sobre as línguas utilizadas no apoio a clientes internacionais, visualização em tempo real da utilização de línguas, monitorização de tempos de resposta, e à qualidade das traduções.
"O chat está a tornar-se cada vez mais no meio preferencial de contacto com clientes, mas tem ainda enormes desafios para ultrapassar, nomeadamente no que diz respeito ao apoio ao cliente em diversas línguas para melhorar a sua satisfação, mantendo simultaneamente a experiência de contacto entre dois humanos" referiu André Martins, vice-presidente de AI Research da Unbabel ao jornal online Observador.
A Unbabel foi uma das vencedoras dos Prémios Exportação e Internacionalização, que é uma iniciativa do Jornal de Negócios e do Novo Banco em parceria com a Iberinform Portugal, relativo a 2019.