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Nova fábrica com grés sustentável

Os dois grandes desafios para a indústria da cerâmica para o futuro são a redução do consumo energético e a descarbonização da economia, além da crescente escassez de mão de obra.

03 de Outubro de 2024 às 14:30
Miguel Casal, CEO da Grestel.
Miguel Casal, CEO da Grestel. DR
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Foto em cima: Miguel Casal, CEO da Grestel.

Num balanço à história de um quarto de século da Grestel, Miguel Casal considera haver vários motivos para se orgulhar da empresa. "Atualmente, contamos com quatro unidades produtivas (Grestel 1, Grestel 2, Grestel 3 e Ecogres). Temos cerca de 1000 colaboradores e uma marca de sucesso presente em retalhistas de renome mundial, bem como no mercado da hotelaria, a Costa Nova. Os dois grandes desafios da empresa para o futuro estão relacionados com a redução do consumo energético e a descarbonização da economia, além da crescente escassez de mão de obra", conclui Miguel Casal, CEO e fundador da Grestel, empresa vencedora em 2023, da categoria Exportação + Emprego, nos Prémios Exportação e Internacionalização, uma iniciativa do Novo Banco e do Negócios, em parceria com a Iberinform Portugal.

A nossa indústria enfrenta desafios significativos, e apenas com um aumento da produtividade será possível superá-los.Miguel Casal
CEO da Grestel

Hoje a mão de obra na Grestel é constituída por pessoas de 13 nacionalidades, a maioria são brasileiros e venezuelanos, mas também temos pessoas oriundas do Nepal, da Índia ou do Paquistão. "O desafio agora é formá-los e, principalmente, retê-los, ou seja, garantir que não se vão embora. Gostaríamos muito que permanecessem aqui. A maioria deles são bons colaboradores, mas não é fácil criar condições para que possam ficar com as suas famílias", disse Miguel Casal à Aveiro Magazine em junho de 2023. Em setembro de 2023, surgiu o projeto mais recente, a Ecogres - Cerâmica Ecológica, uma unidade fabril em Ílhavo, que começou a funcionar em 2023, para a produção de 15 a 20 mil peças por dia, mas que, a médio prazo, pode atingir as 30 mil peças. Foi um investimento de 14 milhões de euros, tem como matéria-prima a eco grés, uma pasta cerâmica sustentável, feita a partir de materiais reciclados, provenientes de excedentes e subprodutos cerâmicos e de outras indústrias. Este produto de grés mais sustentável resulta de uma parceria com a Universidade de Aveiro e a primeira coleção foi lançada em 2020.

A Ecogres está nomeada pela União Europeia para o prémio Regiostars, que identifica boas práticas em desenvolvimento regional e destaca projetos inovadores financiados pela UE. FSF

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