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O futuro também é asiático

Os principais mercados hoje estão em Espanha e nos Estados Unidos. Mas a aposta também passa pela Ásia, sobretudo Japão, China e Coreia do Sul.

14 de Outubro de 2022 às 16:00
António Portela, CEO da Bial
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A Bial está presente em mais de 50 mercados e tem filiais em Espanha, Alemanha, Itália, Reino Unido, Suíça, Estados Unidos, Panamá, Costa do Marfim, Angola e Moçambique. Os mercados externos representam 75% da faturação do grupo, em que se destacam Espanha e os Estados Unidos. Este último mercado é uma grande aposta até em termos de I&D com a Bial Biotech, constituída em 2020, para o desenvolvimento de terapêuticas, por exemplo, para a doença de Parkinson. Esta dinâmica exportadora está assente nos medicamentos patenteados Zebinix/Aptiom para a epilepsia, e Ongentys para a doença de Parkinson.

Nos Estados Unidos, para além das parcerias comerciais com parceiros locais para a comercialização dos dois medicamentos de investigação própria, a Bial entendeu ser importante ter uma presença que alargasse o "footprint" internacional. O diretor-geral de Investigação e Desenvolvimento e administrador, Joerg Holenz, é proveniente de Cambridge, Boston, e tem a coordenação de todos os projetos de investigação em curso a partir do centro de I&D do Porto, o que facilita a integração e a coordenação da plataforma de desenvolvimento clínico nos EUA. Em termos comerciais, o objetivo é reforçar as parcerias locais para que medicamentos produzidos em Portugal cheguem ao mercado norte-americano.

Estando focados na investigação na área das neurociências, e sendo a região asiática, uma zona onde a esperança média de vida é mais elevada, são muitos os desafios em torno das doenças do foro degenerativo. António Portela, CEO da Bial
O objetivo é alargar a presença internacional. Na Ásia, têm vindo a privilegiar o estabelecimento de parcerias, com especial enfoque no Japão, China e Coreia do Sul. Por exemplo, o medicamento para a Doença de Parkinson já é comercializado no Japão e na Coreia do Sul desde 2020 e já assinaram um acordo de licenciamento com um parceiro para a comercialização deste fármaco na China.

António Portela, CEO da Bial, sublinha que "estando focados na investigação na área das neurociências, e sendo a região asiática, e concretamente o Japão, uma zona onde a esperança média de vida é mais elevada, são muitos os desafios em torno das doenças do foro degenerativo. Queremos continuar a reforçar as nossas parcerias neste território que é, em nosso entender, a melhor forma de desenvolver a nossa presença nesses mercados."
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