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Os dois medicamentos da Bial (acetato de eslicarbazepina e opicapona), os únicos medicamentos inovadores de patente portuguesa, estão hoje presentes nos mercados mais competitivos a nível mundial, diretamente ou através de acordos de licenciamento, e "têm desempenhado um papel decisivo na afirmação da Bial enquanto empresa farmacêutica de investigação e desenvolvimento, contribuindo para o reforço da sua posição competitiva a nível internacional", afirma António Portela, CEO da Bial. A empresa venceu o Prémio Especial do Júri na 11.ª edição dos Prémios Exportação & Internacionalização, referente a 2021, uma iniciativa iniciativa do Jornal de Negócios e do Novo Banco, em parceria com a Iberinform Portugal.
O grupo Bial é uma das empresas portuguesas que mais investem em Investigação e Desenvolvimento (I&D), alocando, anualmente, mais de 20% da faturação a I&D. Em 2021, o investimento em I&D atingiu 81,5 milhões de euros e a Bial tem sido uma das três empresas em Portugal que mais investem em I&D, sendo a primeira de base industrial. Entre os cerca de 1.000 trabalhadores, tem uma centena de colaboradores dedicados à investigação, contando neste momento com investigadores de 15 nacionalidades.
A inovação é um dos eixos-chave na atividade da Bial que hoje tem nas neurociências o foco dos seus projetos de I&D, com projetos em fase pré-clínica e outros a iniciar a investigação clínica. Mas a empresa, para além dos projetos desenvolvidos "in house", investiu no desenvolvimento de parcerias com entidades académicas, startups e outras empresas.
Exclusivo europeu
No final de 2021, a Bial assinou um acordo de licenciamento exclusivo com uma farmacêutica norte-americana para a comercialização, a nível europeu, do filme sublingual de apomorfina para o tratamento dos períodos OFF (períodos em que há ressurgimento ou o agravamento dos sintomas) da doença de Parkinson. "Esta é uma nova formulação da apomorfina em filme que se dissolve debaixo da língua. Este acordo com um parceiro norte-americano traduz também uma forma de levarmos inovação aos doentes e, tendo a Bial a exclusividade de comercialização na Europa, representa também um passo importante na nossa estratégia de desenvolvimento e de expansão no território europeu", disse António Portela
A digitalização é sentida na Bial, pela sua presença internacional, como uma necessidade e uma oportunidade. Como diz António Portela, "a digitalização relativiza a questão geográfica, o que no caso do grupo Bial apresenta externalidades muito positivas aos vários níveis de atividade, desde a investigação científica - será, por exemplo, possível encurtar tempos de investigação com recurso a novas tecnologias digitais, o que terá um elevado valor acrescentado para os doentes -, à educação e formação médica, mas também à abordagem ao mercado e à própria gestão de talento."
Recentemente, a Bial iniciou a transformação do seu local industrial através do que chamou Campus Bial na Trofa que ocupa uma área superior a 241 mil metros quadrados e concentra uma boa parte da atividade da empresa, nomeadamente ao nível industrial, de investigação e desenvolvimento e logística. Recentemente inauguraram um novo edifício social, um espaço construído de raiz para fomentar a comunicação e interação entre todos os colaboradores e estão previstos investimentos de 30 milhões de euros que irão permitir o reforço da capacidade produtiva aliada à modernização industrial e uma maior capacidade de logística, capaz de dar resposta à evolução e crescimento da empresa, nomeadamente nos mercados internacionais. Hoje tem uma capacidade de produção da ordem dos 14 milhões de embalagens de medicamentos, 1,5 milhões de embalagens de antibióticos, cerca de 350 milhões de comprimidos. Em 2021, o volume de negócios foi de 325 milhões de euros.
Energia solar
Em termos de gestão, os últimos três anos têm sido duros e muito focados em medidas de curto prazo. Para a Bial o impacto da pandemia não foi tão crítico como sucedeu em outros setores. A nível industrial, mantiveram-se sempre a produzir e a fornecer nossos medicamentos. Na vertente da I&D mantiveram-se os projetos, mas com as condicionantes impostas aos ensaios clínicos, por causa das limitações de acesso dos doentes aos hospitais e de atrasos em alguns projetos.
A que se vieram acrescentar as disrupções dos circuitos das cadeias de abastecimento, aumentos dos custos, a subida dos preços, nomeadamente da energia. A Bial já tinha iniciado, e está a reforçar, o investimento em produção descentralizada de energia solar, para assegurar que cerca de 25% seja proveniente de fontes renováveis, tendo dois efeitos positivos: por um lado, contribuir para a descarbonização da atividade e, por outro, amortecer algum do impacto das subidas dos custos da energia.
O grupo Bial é uma das empresas portuguesas que mais investem em Investigação e Desenvolvimento (I&D), alocando, anualmente, mais de 20% da faturação a I&D. Em 2021, o investimento em I&D atingiu 81,5 milhões de euros e a Bial tem sido uma das três empresas em Portugal que mais investem em I&D, sendo a primeira de base industrial. Entre os cerca de 1.000 trabalhadores, tem uma centena de colaboradores dedicados à investigação, contando neste momento com investigadores de 15 nacionalidades.
A inovação é um dos eixos-chave na atividade da Bial que hoje tem nas neurociências o foco dos seus projetos de I&D, com projetos em fase pré-clínica e outros a iniciar a investigação clínica. Mas a empresa, para além dos projetos desenvolvidos "in house", investiu no desenvolvimento de parcerias com entidades académicas, startups e outras empresas.
Exclusivo europeu
No final de 2021, a Bial assinou um acordo de licenciamento exclusivo com uma farmacêutica norte-americana para a comercialização, a nível europeu, do filme sublingual de apomorfina para o tratamento dos períodos OFF (períodos em que há ressurgimento ou o agravamento dos sintomas) da doença de Parkinson. "Esta é uma nova formulação da apomorfina em filme que se dissolve debaixo da língua. Este acordo com um parceiro norte-americano traduz também uma forma de levarmos inovação aos doentes e, tendo a Bial a exclusividade de comercialização na Europa, representa também um passo importante na nossa estratégia de desenvolvimento e de expansão no território europeu", disse António Portela
A digitalização é sentida na Bial, pela sua presença internacional, como uma necessidade e uma oportunidade. Como diz António Portela, "a digitalização relativiza a questão geográfica, o que no caso do grupo Bial apresenta externalidades muito positivas aos vários níveis de atividade, desde a investigação científica - será, por exemplo, possível encurtar tempos de investigação com recurso a novas tecnologias digitais, o que terá um elevado valor acrescentado para os doentes -, à educação e formação médica, mas também à abordagem ao mercado e à própria gestão de talento."
Recentemente, a Bial iniciou a transformação do seu local industrial através do que chamou Campus Bial na Trofa que ocupa uma área superior a 241 mil metros quadrados e concentra uma boa parte da atividade da empresa, nomeadamente ao nível industrial, de investigação e desenvolvimento e logística. Recentemente inauguraram um novo edifício social, um espaço construído de raiz para fomentar a comunicação e interação entre todos os colaboradores e estão previstos investimentos de 30 milhões de euros que irão permitir o reforço da capacidade produtiva aliada à modernização industrial e uma maior capacidade de logística, capaz de dar resposta à evolução e crescimento da empresa, nomeadamente nos mercados internacionais. Hoje tem uma capacidade de produção da ordem dos 14 milhões de embalagens de medicamentos, 1,5 milhões de embalagens de antibióticos, cerca de 350 milhões de comprimidos. Em 2021, o volume de negócios foi de 325 milhões de euros.
Energia solar
Em termos de gestão, os últimos três anos têm sido duros e muito focados em medidas de curto prazo. Para a Bial o impacto da pandemia não foi tão crítico como sucedeu em outros setores. A nível industrial, mantiveram-se sempre a produzir e a fornecer nossos medicamentos. Na vertente da I&D mantiveram-se os projetos, mas com as condicionantes impostas aos ensaios clínicos, por causa das limitações de acesso dos doentes aos hospitais e de atrasos em alguns projetos.
A que se vieram acrescentar as disrupções dos circuitos das cadeias de abastecimento, aumentos dos custos, a subida dos preços, nomeadamente da energia. A Bial já tinha iniciado, e está a reforçar, o investimento em produção descentralizada de energia solar, para assegurar que cerca de 25% seja proveniente de fontes renováveis, tendo dois efeitos positivos: por um lado, contribuir para a descarbonização da atividade e, por outro, amortecer algum do impacto das subidas dos custos da energia.