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A Frulact tem relações comerciais com mais de 40 países, e plataformas industriais no Canadá, África do Sul, França, Portugal e Marrocos e "os desafios têm sido sobretudo organizacionais, que tentamos combater com talento, processos, organização, com objetivos e com ambição", segundo Duarte Faria, administrador e CFO do Grupo Frulact.
Participou na mesa-redonda sobre "O Desígnio das Empresas Portuguesas" juntamente com Alberto Castro e Gonçalo Lobo Xavier, membros do júri, Francisco Baptista, CEO da CBI Vestuário, Miguel Ferreira, diretor coordenador do Departamento de Empresas Norte do Novo Banco e que contou com a moderação de André Veríssimo, diretor do Jornal de Negócios.
Duarte Faria sublinhou que a Bélgica e a Holanda exportam acima dos 80% do PIB, mas mais relevante é "a qualidade da sua internacionalização, que é elevada porque são atores globais, interferem nas cadeias de valor em que estão inseridos, participam nas dinâmicas dos mercados onde estão. Portugal está longe disso. Melhorar a exposição nos mercados internacionais faz-se com gestão, talento e inovação. Em vez de minutos ou horas máquina devemos vender produtos e serviço", concluiu.
A CBI é uma história de recuperação de empresas de confeção bem-sucedida, com três unidades Ansião, Oliveira do Hospital, Arganil, em Portugal e uma em Cabo Verde. "Em dez anos, reabilitamos as empresas baseado em parcerias com determinados clientes como a Massimo Dutti, do Grupo Inditex, com quem chegamos a ter cerca de 80% de concentração mas hoje oscila entre os 30 e os 40%, mas já conseguimos diversificar para 12 países para onde exportamos", confessou Francisco Baptista, CEO da CBI Vestuário.
Eficiência de qualidade
Este empresário defendeu a necessidade de subir na cadeia de valor e que os desafios futuros que se colocam são a inovação e a eficiência. "Esta tem de ser a base das nossas empresas até porque não se podem basear no custo da mão-de-obra. Não podemos ter as baixas produtividades como temos e a questão não está apenas no número que se produz por hora mas também na eficiência de qualidade", concluiu.
Miguel Ferreira, do Departamento de Empresas Norte do Novo Banco, assinalou que menos de 10% das empresas exportam, 66% apenas exportam para um país, e, provavelmente, várias só para um cliente, por isso impõe-se a diversificação e mais empresas a exportar.
Contudo, foi "a partir de uma base débil que se passou as exportações de 27% em 2009 para 44% em 2018. "A crise empurrou as empresas para fora mas não foi o principal fator, porque há uma visão estratégica das empresas na procura de novos mercados. Há a consciência clara de que uma empresa para ser competitiva não pode ser só no mercado doméstico", acentuou Miguel Ferreira.
Disse ainda que os processos de internacionalização "exigem prudência em empresas que têm uma dimensão relativamente reduzida e que não podem falhar. Estudar mercados, clientes, participar em feiras tem de ser fatores muito ponderados antes de se iniciar o processo.
"Às vezes deve-se evitar o voluntarismo do Governo para puxar pelas exportações. A certa altura um governo disse ‘vamos todos para o Brasil’ e deu no que deu. Passados uns anos ‘vamos para Espanha’ e deu no que deu. O primeiro passo é que não seja o governo a dar palpites, seria importante que tivessem a humildade, mesmo quando é gente que passou pelas empresas, de perceber e trabalhar com as empresas e ouvir mais as empresas", alertou Alberto Castro, membro do júri.
Miguel Ferreira chamou a atenção para o fato de haver "ameaças claras" porque os cinco principais destinos das exportações portuguesas que representam 60% como a guerra comercial dos EUA com a China, as atribulações de Espanha, França como os coletes amarelos, a Alemanha com o fim do reinado Merkel, e o Brexit no Reino Unido.
Por sua vez Gonçalo Lobo Xavier referiu que "há uma situação gravíssima que é não haver pessoas para trabalhar, não há pessoas especializadas para as mais variadas áreas sobretudo para as áreas industriais. Estamos a viver uma situação de quase pleno emprego".
Participou na mesa-redonda sobre "O Desígnio das Empresas Portuguesas" juntamente com Alberto Castro e Gonçalo Lobo Xavier, membros do júri, Francisco Baptista, CEO da CBI Vestuário, Miguel Ferreira, diretor coordenador do Departamento de Empresas Norte do Novo Banco e que contou com a moderação de André Veríssimo, diretor do Jornal de Negócios.
Duarte Faria sublinhou que a Bélgica e a Holanda exportam acima dos 80% do PIB, mas mais relevante é "a qualidade da sua internacionalização, que é elevada porque são atores globais, interferem nas cadeias de valor em que estão inseridos, participam nas dinâmicas dos mercados onde estão. Portugal está longe disso. Melhorar a exposição nos mercados internacionais faz-se com gestão, talento e inovação. Em vez de minutos ou horas máquina devemos vender produtos e serviço", concluiu.
A CBI é uma história de recuperação de empresas de confeção bem-sucedida, com três unidades Ansião, Oliveira do Hospital, Arganil, em Portugal e uma em Cabo Verde. "Em dez anos, reabilitamos as empresas baseado em parcerias com determinados clientes como a Massimo Dutti, do Grupo Inditex, com quem chegamos a ter cerca de 80% de concentração mas hoje oscila entre os 30 e os 40%, mas já conseguimos diversificar para 12 países para onde exportamos", confessou Francisco Baptista, CEO da CBI Vestuário.
Eficiência de qualidade
Este empresário defendeu a necessidade de subir na cadeia de valor e que os desafios futuros que se colocam são a inovação e a eficiência. "Esta tem de ser a base das nossas empresas até porque não se podem basear no custo da mão-de-obra. Não podemos ter as baixas produtividades como temos e a questão não está apenas no número que se produz por hora mas também na eficiência de qualidade", concluiu.
Miguel Ferreira, do Departamento de Empresas Norte do Novo Banco, assinalou que menos de 10% das empresas exportam, 66% apenas exportam para um país, e, provavelmente, várias só para um cliente, por isso impõe-se a diversificação e mais empresas a exportar.
Há uma visão estratégica das empresas na procura de novos mercados. Miguel ferreira
Diretor coordenador de Empresas Norte do Novo Banco
Diretor coordenador de Empresas Norte do Novo Banco
Contudo, foi "a partir de uma base débil que se passou as exportações de 27% em 2009 para 44% em 2018. "A crise empurrou as empresas para fora mas não foi o principal fator, porque há uma visão estratégica das empresas na procura de novos mercados. Há a consciência clara de que uma empresa para ser competitiva não pode ser só no mercado doméstico", acentuou Miguel Ferreira.
Disse ainda que os processos de internacionalização "exigem prudência em empresas que têm uma dimensão relativamente reduzida e que não podem falhar. Estudar mercados, clientes, participar em feiras tem de ser fatores muito ponderados antes de se iniciar o processo.
"Às vezes deve-se evitar o voluntarismo do Governo para puxar pelas exportações. A certa altura um governo disse ‘vamos todos para o Brasil’ e deu no que deu. Passados uns anos ‘vamos para Espanha’ e deu no que deu. O primeiro passo é que não seja o governo a dar palpites, seria importante que tivessem a humildade, mesmo quando é gente que passou pelas empresas, de perceber e trabalhar com as empresas e ouvir mais as empresas", alertou Alberto Castro, membro do júri.
Miguel Ferreira chamou a atenção para o fato de haver "ameaças claras" porque os cinco principais destinos das exportações portuguesas que representam 60% como a guerra comercial dos EUA com a China, as atribulações de Espanha, França como os coletes amarelos, a Alemanha com o fim do reinado Merkel, e o Brexit no Reino Unido.
Por sua vez Gonçalo Lobo Xavier referiu que "há uma situação gravíssima que é não haver pessoas para trabalhar, não há pessoas especializadas para as mais variadas áreas sobretudo para as áreas industriais. Estamos a viver uma situação de quase pleno emprego".