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ISQ salta fronteiras a soldar. Venham Argélia e Turquia

O Instituto de Soldadura e Qualidade tem projectos em mais de 20 países. Além dos mercados de "proximidade" cultural, a aposta tem viajado para outras geografias. O reconhecimento faz-se dentro e fora de portas, mesmo que os projectos não despertem "a atenção do público em geral".

Ana Brígida
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Prémio Revelação. Seja qual for a competição, a categoria tem sempre impacto, nem que seja pela surpresa que provoca. No Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ) não foi excepção, com o troféu conquistado na edição de 2015 dos Prémios Exportação e Internacionalização.

"Em termos internos teve impacto pela motivação. Motivou muito. As pessoas reconheceram o prémio e a missão", conta ao Negócios o administrador João Safara. E fora das paredes da empresa? Há um reforço da reputação, sobretudo junto dos "stakeholders" e investidores, diz o responsável.

De uma forma breve, aquilo que o ISQ faz é fornecer suporte científico e tecnológico a empresas. Seja na construção, na calibração de instrumentos ou na inspecção em sectores como a indústria petrolífera, aeronáutica ou saúde. A energia, onde se inclui a renovável, tem sido o ramo prioritário.

Não importa em que ponto do mundo seja precisa ajuda. "Há uma diversidade geográfica onde há projectos a ser implementados", lembra o responsável. É assim desde o final da década de 1970, com o primeiro passo dado numa refinaria de Luanda.

"Os projectos por si só e pela sua complexidade não tendem a chamar a atenção do público em geral", diz o administrador. Mas não é por isso que deixam de ser importantes e de se fazer.

Pelo contrário, como mostram as mais recentes aquisições da carteira de encomendas do ISQ. Na Argélia há a inspecção de um projecto do gás natural, na Turquia uma avaliação da qualidade do ar e no Canadá a inspecção da construção de uma ponte.

"O grupo ISQ mantém a sua estratégia de internacionalização, tendo surgido novos projectos em países como a Argélia ou a Turquia", reforça responsável ao Negócios.


O processo de expansão arrancou na década de 1970 em Angola. Este mercado é o segundo mais importante a seguir a Portugal.

O ISQ reconhece que, mesmo com a proximidade cultural, há desafios. Contexto legal, técnico e recursos humanos são temas para lidar com cuidado.


No ano passado, metade do volume de negócios do ISQ resultou da vertente internacional, o que equivale a cerca de 38 milhões de euros. Depois de Portugal (50%), e embora com um ligeiro decréscimo, Angola é o mercado que mais pesa, com uma fatia de 23%. O Brasil pesa 11% e Espanha outros 8%, fechando o pódio da actividade internacional.

O Instituto de Soldadura e Qualidade - entidade privada de utilidade pública criada em 1965 - está já em mais de duas dezenas de países. Se há uma tentativa de alargar a presença para países do Golfo Pérsico, a estratégia de dar continuidade a mercados de "proximidade" cultural como Timor, Moçambique, Espanha, Brasil ou Macau mantém-se bem assente.

"Em algumas destas internacionalizações, a língua e os anos de experiências são facilitadores", admite João Safara. O administrador reconhece que, tal como outras empresas, também o ISQ se vai confrontando com dificuldades. "Há o desafio do contexto legal, técnico e dos recursos humanos nessas localizações", especifica João Safara.

Para se perceber bem a envergadura do ISQ, nada melhor que uma viagem pelos números que comprovam quão bem soldada está esta missão. O ISQ conta com 16 laboratórios acreditados, mais de 250 serviços especializados, 1.400 colaboradores em todo o mundo, 16 empresas participadas nacionais, 20 empresas participadas internacionais e participação em mais de 400 projectos internacionais de investigação e desenvolvimento.



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