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Frulact: Capital e ambição são "ingredientes" para triunfar no estrangeiro

A multinacional da Maia é uma das maiores fabricantes mundiais de preparados à base de fruta para a indústria alimentar, detendo um total de oito fábricas em Portugal, Marrocos, França, África do Sul e Canadá.

18 de Dezembro de 2018 às 17:45
O CEO João Miranda recebeu a distinção para a Frulact durante a cerimónia realizada no Palácio da Bolsa, no Porto. Nuno Fonseca
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Frulact - Prémio Sector Estratégico - Indústria Agro-Alimentar

A maior âncora para o desenvolvimento da Frulact? O "foco accionista" no crescimento. João Miranda não tem dúvidas de que "ter uma estrutura accionista que não se importa de abdicar dos dividendos, tendo como contrapartida a valorização e sustentabilidade do projecto empresarial, foi sempre a chave para a libertação de meios para os investimentos em novas geografias que suportaram o crescimento continuado do projecto". Uma atitude contagiante para as equipas, compostas actualmente por 755 colaboradores "que evidenciam uma ambição fantástica e desafiante, mantendo em tensão toda a organização, com exigência e profissionalismo".

"Esta atitude virtuosa de, em bloco, conseguirmos vitórias colectivas, é o estímulo para os accionistas nunca dizerem 'não' a um novo desafio, pois a confiança na organização é robusta e a visão de globalizar o projecto, bem como a de sermos a empresa mais inovadora do sector, continua a ser o nosso farol, e aquela em que verdadeiramente acreditamos para tornarmos o projecto Frulact perene e sustentável", completa o gestor nortenho, que lidera o negócio criado em 1987 no fundo do quintal da família, em Matosinhos, e que continua a ser 100% familiar em todas as geografias onde está presente.

8
Fábricas
A Frulact tem unidades industriais espalhadas por um total de cinco países.

115
Facturação
O volume de negócios vai subir este ano de 112 para 115 milhões de euros.

98%
Internacional
O peso do negócio internacional é 97,5% da facturação, com vendas em 41 países.


Integrando o "top 5" dos maiores fabricantes mundiais de preparados à base de fruta para a indústria alimentar, o grupo tem três unidades industriais em Portugal, duas em Marrocos, uma em França, outra na África do Sul e abriu a oitava e mais recente no Canadá, que iniciou operações em Junho de 2017. E foi essa nova fábrica canadiana, que resultou de um investimento da ordem dos 20 milhões de euros e permitiu abrir novos mercados para o grupo no mercado norte-americano, a par do "forte crescimento" das vendas no mercado da África Subsariana - "compensaram positivamente o continuado abrandamento dos últimos anos do mercado europeu" -, que vão permitir dar um salto no volume de negócios, de 112 para 115 milhões de euros no final deste ano.

Consolidar e investir

O negócio internacional (isto é, a soma das exportações a partir de Portugal e das vendas das unidades no estrangeiro) tem um peso de 97,5% na facturação, com vendas em 41 países. Ainda assim, o Velho Continente continua a representar 58% do total, com destaque para a comercialização na França.

Ter uma estrutura accionista que nãose importa de abdicar dos dividendos, tendo como contrapartida a valorização e sustentabilidade do projecto empresarial, foi sempre a chave para a libertação de meios para os investimentos em novas geografias que suportaram o crescimento continuado do projecto.

O crescente desafio é como consolidar e estruturar os processos e as operações de forma central, em contextos distintos e cada vez mais exigentes. 
João Miranda
CEO da Frulact 


Depois de ter assentado o crescimento do negócio 'core' sobretudo no investimento directo em unidades industriais no exterior, João Miranda expressa agora que "o crescente desafio é como consolidar e estruturar os processos e as operações de forma central, em contextos distintos e cada vez mais exigentes".

No entanto, o líder da fornecedora de ingredientes de valor acrescentado para as indústrias alimentares e de bebidas, com aplicação nos lacticínios, pastelaria, gelados, sobremesas ou na fabricação de produtos à base de carne, promete continuar a investir nas suas plataformas industriais.

E explicou que vai fazê-lo principalmente em tecnologias emergentes para aumentar a produtividade e a segurança alimentar. É que, justificou o empresário, os ciclos de investimento são cada vez mais curtos, com exigência de capital intensivo, e vão além dos necessários para o crescimento da actividade, sendo "cada vez mais importantes no parque industrial que fica obsoleto cada vez mais rápido".


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