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Exportadoras têm de abraçar inovação

O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, crê que as empresas nacionais terão maior sucesso se aliarem inovação à sua oferta. Há medidas concretas para atingir.

03 de Janeiro de 2017 às 16:14
Pedro Elias
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As empresas portuguesas souberam melhorar os níveis das suas exportações nas últimas décadas sem recorrer a um "crescimento assente no baixo custo da mão-de-obra".

A posição foi defendida a 14 de Novembro pelo ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, no encerramento da cerimónia de entrega dos Prémios Exportação e Internacionalização. A iniciativa conjunta do Negócios e Novo Banco vai já na sexta edição.

"O crescimento das exportações nesta última década foi marcado pela diversificação de mercados e de sectores e por um enorme aumento da qualidade e da incorporação tecnológica, bem como uma melhoria da resposta rápida", afirmou.

Na altura, estava-se na ressaca do Web Summit, evento internacional de tecnologia e inovação que trouxe, pela primeira vez, 53 mil pessoas a Lisboa. Daí que não seja de estranhar o pedido de Manuel Caldeira Cabral para que os empresários portugueses abracem cada vez mais esta vertente na hora de fazerem negócios e procurarem uma abordagem além-fronteiras.

"É esta nova economia, que se está a desenvolver, que estamos a apoiar. Mas esta nova economia tem de ter como base as empresas de sectores ditos tradicionais ou já bem afirmados", reforçou o ministro. No discurso deu uma longa gama de exemplos onde se poderia aplicar esta dinâmica: construção, engenharia, vinho, têxteis, produtos metálicos, calçado ou automóvel.


200
Participantes
A cerimónia de entrega dos sextos Prémios Exportação e Internacionalização contou com mais de 200 participantes.


A garantia de Caldeira Cabral é de que o Governo está a levar a cabo o trabalho de "apoiar e acompanhar quem quer investir em Portugal". "Este Governo, desde que entrou, centrou-se muito na questão da inovação e da melhoria tecnológica", recordou.

Exemplo disso é o lançamento de um fundo de apoio aos centros tecnológicos, assente em montantes comunitários. O objectivo é o de levar em frente um programa de reforço que irá auxiliar estes centros a impulsionar a transferência tecnológica e as start-ups que vão surgindo no país.

"A ciência tem que ser uma prioridade. Este é o único caminho de competitividade e crescimento. As estratégias de baixos custos são de curto prazo, mas nunca poderão ser de crescimento a longo prazo", defendeu o ministro quando apresentou a medida na mesma manhã de 14 de Novembro, no Porto.

Caldeira Cabral não deixou de referir ainda a redução do IVA alfandegário, prevista no Orçamento do Estado para 2017, como uma medida benéfica para as empresas exportadoras.

"Temos tido um crescimento sólido das exportações. É este sinal que as empresas exportadoras estão a dar: souberam melhorar pela qualidade e pela tecnologia", concluiu.



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