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A caminho dos mil milhões de euros em investimentos

O volume de faturação ascendeu a 878 milhões de euros e a exportação representa quase 99% deste valor. A Europa Intracomunitária representa quase 75%.

26 de Novembro de 2019 às 17:00
A Continental Mabor do Lousado é a fábrica mais eficiente do grupo em pneus de viaturas de passageiros. Nuno Fonseca
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Continental-Mabor Melhor Exportadora Multinacional

A fábrica da Continental Mabor em Lousado é hoje a fábrica mais eficiente do grupo em pneus de viaturas de passageiros. "Para que isto fosse possível, desde o início existiu uma forte aposta na qualificação de todos os colaboradores, desde formação no posto de trabalho, à formação noutras fábricas do grupo, bem como com o recurso a entidades nacionais ou internacionais, credenciadas para este efeito", referiu Pedro Carreira, presidente da administração da Continental Mabor.

Acrescentou ainda que "o trabalho em equipa foi desde o primeiro dia, o maior sinal que pudemos dar ao nosso acionista, ou seja, que todos estavam comprometidos com o desempenho, com a nova forma de trabalhar, com este novo e importante projeto.

O volume de faturação ascendeu a 878 milhões de euros e a exportação representa quase 99% deste valor. Os principais mercados são a Alemanha, a Espanha, os Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália e Coreia do Sul. "De referir que a União Europeia representa quase 75% do nosso volume de faturação", afirmou Pedro Carreira.

O centro de competências para pneus radiais e agrícolas

O centro de competências para pneus radiais e o desenvolvimento de pneus agrícolas, pneus para portos e para movimentação de terras na Continental Mabor tem uma "importância gigantesca", sublinhou Pedro Carreira.

Segundo o presidente do conselho de administração da Continental Mabor "a instalação da área de desenvolvimento permitiu trazer o Centro de Testes e Avaliação desses mesmos pneus, isto é, diversificar a área de negócios que, para nós, é um fator estratégico, pois em momentos mais difíceis, quanto mais diversificados estivermos, melhor preparados estaremos para reagir".

Está área, em cinco anos, pode vir a representar 15 a 20% do volume atual de negócios, e assim a Continental Mabor fica com várias áreas de negócios e torna-se cada vez mais estratégica para o grupo.

Pedro Carreira diz que uma única vantagem neste momento é a "mão-de-obra qualificada e em quantidade que nos permite aceitar volume de outras fábricas, onde existe alguma dificuldade para o proporcionar". A vantagem relativa da relação privilegiada com os países lusófonos e de portos relativamente acessíveis na exportação para a região Nafta, "mas atualmente já não é tanto assim".

O elevado peso dos impostos

Considera que as desvantagens se agravaram como impostos elevados, a legislação laboral que continua a não flexibilizar a relação laboral. "Somos comparados todos os anos a nível interno do Grupo e essas comparações são cada vez mais difíceis. Apenas os nossos indicadores de eficiência permitem-nos ganhar novos concursos, mas a distância está a ficar cada vez mais curta", considera Pedro Carreira.

Desde 1990 que a Continental-Mabor que investiu mais de 900 milhões, mas "quando os projetos que temos em curso estiverem concluídos, estimamos que esse valor seja superior a 1000 milhões de euros", admite Pedro Carreira.

Em Portugal, o grupo alemão Continental controla, além da Continental Mabor, a Continental Pneus, Continental Indústria Têxtil do Ave, Continental Lemmerz, Continental Teves e as recentes Continental Advanced Antenna e Continental Engineering Services

Ao longo dos anos têm vindo a criar sinergias com as outras empresas do grupo em Portugal, "o que nos permite a nós e às outras empresas, que sendo geridas de forma totalmente independentes e com linhas de reporte à Alemanha às respetivas "Business Units, alguns serviços partilhados, poupando dessa forma, recursos ou custos indiretos", finaliza Pedro Carreira.

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