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Se em 2020 o grupo Simoldes teve de gerir a pandemia, como todas as empresas pelo mundo, hoje debate-se com os problemas das cadeias de abastecimento, que tornam a retoma mais complexa. "Embora ainda estejamos no início do último trimestre e já com a vida a regressar ao dito normal, 2021 mostra-se um ano muito crítico e que poderá atingir um decréscimo superior a 30% em relação ao esperado. Note-se que o esperado para 2021 já tinha sido afetado negativamente pelo ano de 2020 em que tivemos um decréscimo de 20%. A atividade do último trimestre poderá não ultrapassar 50% do esperado", refere Ercília Tavares, diretora financeira da Simoldes.
"Esta situação é alarmante e com o continuar das dificuldades de fornecimento de semicondutores, do processo de transformação de combustão interna para elétrico e as dificuldades nas cadeias de fornecimento, tememos que 2022 seja igualmente difícil e muito desafiante", concluiu.
Ercília Tavares recordou que em março de 2020 a pandemia de covid-19 teve um impacto tanto na Simoldes Aços como Plásticos. "Inicialmente vários projetos foram abandonados ou suspensos pelos nossos clientes o que provocou um impacto imediato na atividade de moldes. Na atividade de plásticos, após o mês e meio de inatividade, em abril-maio de 2020 voltaram a um nível estável, mas que hoje está fortemente afetado pelas dificuldades de fornecimento de semicondutores", disse Ercília Tavares, que espera que "com novos projetos e o restabelecimento da cadeia de fornecimentos possamos continuar com o nosso plano".
Tendências pesadas
Se as perturbações na cadeia de abastecimento podem ser conjunturais, as mudanças no paradigma na mobilidade que afetam os negócios da Simoldes são diversas e estruturais. Numa entrevista à Simoldes Magazine Tool Division, Dezembro de 2020, Rui Paulo Rodrigues, vice-presidente do Grupo Simoldes, sublinhou as "tendências pesadas que enquadram o desenvolvimento futuro da indústria automóvel, relacionadas com a mobilidade elétrica e o hidrogénio, com o carro partilhado e autónomo, com a introdução maciça de tecnologias de informação e digitalização do interior dos automóveis, configurando-os como novos espaços de conforto, lazer e entretenimento".
Por outro lado, Rui Paulo Rodrigues referiu que apesar da especialização e exposição estratégica à indústria automóvel, "o certo é que os nossos moldes e componentes podem servir, e servem, vários outros mercados como o da embalagem, construção, houseware, aeronáutica, energia, entre outros".
33 empresas
O Grupo Simoldes é composto por 33 empresas, entre a injeção de plásticos e a fabricação de moldes. Com sede em Oliveira de Azeméis tem uma forte implantação na Europa, nomeadamente em França, na Polónia, na República Checa, na Alemanha e em Espanha. Está também presente no Brasil, na Argentina e em Marrocos. O volume de negócios do grupo foi em 2020 foi de 602 milhões de euros e o valor das exportações a partir das empresas portuguesas foi de cerca de 230 milhões de euros. O número de trabalhadores em 2020 era de 5487.
Para Ercília Tavares, o grupo Simoldes está muito envolvido e, "portanto, dentro da nossa área de responsabilidade e competências, teremos de liderar o processo de transformação da mobilidade. É o que esperamos fazer e também o que esperam os nossos clientes. Estamos a trabalhar em novas tecnologias e diferentes áreas de conhecimento que poderão resultar em novas áreas de negócio".
"Os nossos desafios e objetivos continuam a ser a satisfação, o envolvimento e proximidade dos nossos clientes, o desenvolvimento do nosso ‘core business’ através da inovação e conhecimento, a formação, o ensino e o envolvimento de todos os nossos colaboradores. Nos últimos quatro anos temos reforçado os processos de digitalização do nosso negócio e da sustentabilidade da nossa atividade, dos nossos conceitos e produtos", acentuou Ercília Tavares.
A Simoldes Plásticos, uma das áreas de negócio do Grupo Simoldes, foi uma das doze vencedoras do Prémio Exportação e Internacionalização, uma iniciativa do Jornal de Negócios e do Novo Banco em parceria com a Iberinform Portugal, tendo recebido o prémio Exportação Grandes Empresas - Bens Transacionáveis.
"Esta situação é alarmante e com o continuar das dificuldades de fornecimento de semicondutores, do processo de transformação de combustão interna para elétrico e as dificuldades nas cadeias de fornecimento, tememos que 2022 seja igualmente difícil e muito desafiante", concluiu.
Ercília Tavares recordou que em março de 2020 a pandemia de covid-19 teve um impacto tanto na Simoldes Aços como Plásticos. "Inicialmente vários projetos foram abandonados ou suspensos pelos nossos clientes o que provocou um impacto imediato na atividade de moldes. Na atividade de plásticos, após o mês e meio de inatividade, em abril-maio de 2020 voltaram a um nível estável, mas que hoje está fortemente afetado pelas dificuldades de fornecimento de semicondutores", disse Ercília Tavares, que espera que "com novos projetos e o restabelecimento da cadeia de fornecimentos possamos continuar com o nosso plano".
Tendências pesadas
Se as perturbações na cadeia de abastecimento podem ser conjunturais, as mudanças no paradigma na mobilidade que afetam os negócios da Simoldes são diversas e estruturais. Numa entrevista à Simoldes Magazine Tool Division, Dezembro de 2020, Rui Paulo Rodrigues, vice-presidente do Grupo Simoldes, sublinhou as "tendências pesadas que enquadram o desenvolvimento futuro da indústria automóvel, relacionadas com a mobilidade elétrica e o hidrogénio, com o carro partilhado e autónomo, com a introdução maciça de tecnologias de informação e digitalização do interior dos automóveis, configurando-os como novos espaços de conforto, lazer e entretenimento".
Nos últimos quatro anos temos reforçado os processos de digitalização do nosso negócio. Ercília tavares, Diretora financeira da Simoldes
Na sua opinião, "com a emergência nesta indústria de novos players tecnológicos e de outras indústrias, entre outras, e que vão fazer enorme pressão sobre os fornecedores tradicionais, somam-se os efeitos das previsíveis quebras na procura global de automóveis, enquanto bens que não são de primeira necessidade".Por outro lado, Rui Paulo Rodrigues referiu que apesar da especialização e exposição estratégica à indústria automóvel, "o certo é que os nossos moldes e componentes podem servir, e servem, vários outros mercados como o da embalagem, construção, houseware, aeronáutica, energia, entre outros".
33 empresas
O Grupo Simoldes é composto por 33 empresas, entre a injeção de plásticos e a fabricação de moldes. Com sede em Oliveira de Azeméis tem uma forte implantação na Europa, nomeadamente em França, na Polónia, na República Checa, na Alemanha e em Espanha. Está também presente no Brasil, na Argentina e em Marrocos. O volume de negócios do grupo foi em 2020 foi de 602 milhões de euros e o valor das exportações a partir das empresas portuguesas foi de cerca de 230 milhões de euros. O número de trabalhadores em 2020 era de 5487.
Para Ercília Tavares, o grupo Simoldes está muito envolvido e, "portanto, dentro da nossa área de responsabilidade e competências, teremos de liderar o processo de transformação da mobilidade. É o que esperamos fazer e também o que esperam os nossos clientes. Estamos a trabalhar em novas tecnologias e diferentes áreas de conhecimento que poderão resultar em novas áreas de negócio".
"Os nossos desafios e objetivos continuam a ser a satisfação, o envolvimento e proximidade dos nossos clientes, o desenvolvimento do nosso ‘core business’ através da inovação e conhecimento, a formação, o ensino e o envolvimento de todos os nossos colaboradores. Nos últimos quatro anos temos reforçado os processos de digitalização do nosso negócio e da sustentabilidade da nossa atividade, dos nossos conceitos e produtos", acentuou Ercília Tavares.
A Simoldes Plásticos, uma das áreas de negócio do Grupo Simoldes, foi uma das doze vencedoras do Prémio Exportação e Internacionalização, uma iniciativa do Jornal de Negócios e do Novo Banco em parceria com a Iberinform Portugal, tendo recebido o prémio Exportação Grandes Empresas - Bens Transacionáveis.