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Critical Software: aposta passa pelos dispositivos médicos

A joint venture da Critical Software com a BMW para a mobilidade elétrica deverá chegar aos 1400 colaboradores e aos 90 milhões de euros de volume de negócios até ao fim de 2021.

28 de Setembro de 2021 às 15:00
Mónica Sobreira diz que se mantém a estratégia de diversificação. DR
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"Felizmente, a diversificação das áreas de negócio e também das geografias em que a Critical Software atua acabaram por amortecer as oscilações provocadas pela pandemia, sendo que algumas áreas cujo crescimento tinha abrandado, como é o caso do setor aeroespacial, estão agora a retomar a normalidade", refere Mónica Sobreira, diretora da divisão digital engineering services.

Além disso, "o modelo de trabalho flexível era algo que já fazia parte da realidade da Critical, uma vez que os nossos colaboradores já tinham a opção de trabalhar a partir de casa. Planeamos agora o regresso ao escritório, mas mantendo esse modelo e atentos tanto às indicações de segurança das autoridades como à evolução da pandemia", assinala Mónica Sobreira.

Em 2020, a Critical Software atingiu um volume de negócios de 64,3 milhões de euros, o que representa um crescimento de 11% em relação ao ano anterior, mantendo a taxa de crescimento de dois dígitos. O peso das exportações foi de cerca de 80% em 2020, sendo que os mercados que mais se destacaram foi o Reino Unido e a Alemanha, onde a Critical Software tem escritórios.

Uma aliança estratégica para o crescimento

Recorde-se que em 2019 a Critical Software recebeu o Prémio Exportação e Internacionalização do Setor Estratégico-Digital, uma iniciativa do Jornal de Negócios e do Novo Banco. Nesse ano o volume de negócios foi de 58 milhões de euros e as exportações para clientes em 17 países diferentes representavam 80% do seu volume de negócios, tendo as exportações aumentado 15%.

Uma das áreas de maior sucesso é a joint venture com a BMW Group, da qual resultou a Critical TechWorks, em que a Critical Software tem 49% e a empresa alemã 50%. Destina-se a desenvolver software para a condução autónoma, os sistemas de infoentretenimento no automóvel, a eletrificação e o desenvolvimento de produtos como os assistentes inteligentes personalizados, como o Intelligent Personal Assistant, presente na grande maioria de todos os novos veículos BMW.

O modelo de trabalho flexível era algo que já fazia parte da realidade da Critical. Planeamos agora o regresso ao escritório, mas mantendo esse modelo.
Acreditamos poder vir a ter uma presença mais vincada na área de dispositivos médicos. Por isso prevemos ultrapassar o marco dos 1000 colaboradores. 
Mónica Sobreira, Diretora da divisão digital engineering services da Critical

"Foi sem dúvida muito importante para a estratégia de crescimento do Grupo Critical, em particular no setor automóvel. Podemos hoje dizer que é um caso de sucesso, o qual acreditamos que poderá ser desenvolvido noutros setores. De referir ainda que a Critical TechWorks terá cerca de 1400 colaborares no final do ano e estará perto de faturar 90 milhões de euros", considera Mónica Sobreira.

Recrutamento intenso para mais projetos

Atualmente a Critical Software está presente em cerca de onze indústrias diferentes, agregadas em três divisões, com especial enfoque nos transportes, energia, aeroespaço, serviços financeiros, e-commerce e defesa e segurança nacional.

"Além destas áreas, em que mantemos uma perspetiva de crescimento para os próximos anos, acreditamos também poder vir a ter uma presença mais vincada na área de dispositivos médicos. Por isso, considerando o crescimento previsto e o arranque de alguns projetos de grande dimensão, prevemos, até ao final deste ano, ultrapassar o marco dos 1000 colaboradores", afirmou .

Segundo Mónica Sobreira o primeiro semestre do ano foi ainda muito marcado pela pandemia pois viajar ou trabalhar de forma mais próxima com os clientes atuais foram dinâmicas ainda muito afetadas por todo o contexto pandémico. Espera que este cenário se altere rapidamente até porque está a sentir-se sinais de melhoria: "Algumas áreas que antes estavam mais paradas por força das circunstâncias estão agora, gradualmente, a alcançar o ritmo habitual", sublinha Mónica Sobreira.

A diretora da divisão digital engineering services revela que se mantém a estratégia e a intenção de continuar a investir na diversificação das áreas e dos mercados em que nos posicionam, e por isso, antecipa "um ano de 2022 com crescimento mais acentuado. Estamos, aliás, numa fase de recrutamento intenso tendo em vista preparar o arranque de alguns projetos de grande dimensão, algo especialmente desafiante visto que a pandemia veio também agravar a escassez de profissionais de TI", disse Mónica Sobreira.

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