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Colaborar sim, mas em segurança

Com a literacia digital a crescer dentro das empresas, uma realidade ampliada pela transformação do posto de trabalho, garantir a segurança é uma tarefa ainda mais complicada.

09 de Março de 2023 às 15:00
Nuno Pedras, CIO e Digital Officer da Galp Pedro Ferreira
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O conceito de posto de trabalho tem vindo a transformar-se substancialmente. Uma realidade agudizada por um contexto de pandemia que nos colocou em teletrabalho, desmaterializando o conceito de local físico. Hoje, mais do que tudo, o posto de trabalho é colaborativo, explica Nuno Pedras, CIO e Digital Officer da Galp, na primeira na talk dedicada ao tema "O impacto do progresso tecnológico no crescimento das organizações (e do país)", um evento que está integrado no Prémio Nacional de Inovação (PNI), uma iniciativa que juntou o Jornal de Negócios, o BPI e a Claranet, em parceria com a Cotec Portugal e a Nova SBE como knowledge partner, para debater e promover a inovação em Portugal.

Um dos exemplos que Nuno Pedras trouxe ao evento foi a colaboração em ambiente de refinaria, bastante mais complicado do que em ambiente de escritório. Em refinaria, em janeiro de 2019, eram 193 as pessoas que trabalhavam com ferramentas de colaboração sendo que, no final desse ano, eram já quatro mil, trazendo literacia digital a um ambiente com recursos humanos que tipicamente não eram versados em tecnologia. "Quanto mais exposição damos às pessoas, mais elas querem, o que é positivo", afirma Nuno Pedras.

Cada vez quero colaborar mais e quero fazer mais, mas tenho de ter, paralelamente, acompanhamento de tudo o que são normas, processos, procedimentos e regras. Nuno Pedras
CIO e Digital Officer da Galp




O CIO explica que, hoje, as ferramentas de colaboração passam pelo Office 365 ou Power Platform, mas também por muitas outras que vão otimizar o trabalho das pessoas a níveis muitos superiores. "Temos de conseguir antever, antecipar as necessidades e implementar coisas antes mesmo de as pessoas pedirem."

Sempre a segurança

A par de tudo isto, está sempre, mas sempre a segurança. Dentro das empresas há, cada vez mais, espaço para testar, algo muitas vezes realizado por pessoas que, tendo capacidades tecnológicas, não têm a abrangência de conhecimento de todos os riscos. "Lembro-me de, há uns meses, ter enviado uma informação a toda a empresa a alertar para o cuidado necessário a ter com todas estas ferramentas de IA generativa. Porque tudo o que for enviado para lá... fica lá. É preciso ter noção. Porque cada vez quero colaborar mais, quero fazer mais, mas tenho de ter, paralelamente, acompanhamento de tudo o que são normas, processos, procedimentos e regras." Se isso não for feito, assegura Nuno Pedras, as empresas ficam à mercê não só de atacantes, mas cedendo informação que pode ser sensível. "Esta é a minha guerra interna: como consigo ir rápido, mas seguro?"
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